Os Fundos de Investimento ficaram com a maior parcela da oferta de ações da BR Distribuidora (BRDT3) detidas pela Petrobras realizada no último dia 30 na B3. Eles compraram 251.630.490 ações, o equivalente a 57,6% do total ofertado, de 436.875.000 ações.
Os investidores estrangeiros aparecem em segundo lugar, com 149.058.368 ações da BR Distribuidora, seguidos por investidores pessoas físicas, com 26.456.056 papéis.
A operação, a maior realizada neste ano até aqui, foi precificada a R$ 26, movimentando R$ 11,358 bilhões. Por ser uma oferta secundária, os recursos vão para o acionista vendedor dos papéis, ou seja, a Petrobras.
A oferta veio para encerrar um processo de venda das ações da BR que começou há cerca de quatro anos. A privatização de fato da empresa ocorreu em 2019, quando a petroleira deixou o controle do negócio.
A operação teve o Banco Morgan Stanley (Coordenador Líder), além de Bank of America, Citigroup Brasil, Goldman Sachs, Banco Itaú BBA, Banco JPMorgan e XP Investimentos.
A BR Distribuidora informou em comunicado ao mercado que o Samambaia Master Fundo de Investimento em ações, gerido pelo ex-banqueiro Ronaldo Cezar Coelho, passou a deter 92.621.000 ações ordinárias de emissão da companhia. O volume é equivalente a 7,95% do capital social da companhia.
Coelho é um dos maiores investidores da Bolsa brasileira, e se tornou com a aquisição o maior acionista da BR Distribuidora.
Petrobras levanta R$ 11,3 bilhões com follow-on da BR Distribuidora
Na quinta-feira (30), a Petrobras (PETR4) aprovou o preço de R$ 26 por ação para as ações da BR Distribuidora, no âmbito da oferta pública de distribuição secundária de ações (follow-on), movimentando R$ 11,358 bilhões.
A demanda pela ação a R$ 26,00, preço fechado na venda, chegou a encostar em R$ 25 bilhões, número que surpreendeu os envolvidos. A oferta, uma das maiores operações secundárias (venda de ações já existentes) já feitas no Brasil, atraiu ordens de 120 fundos, locais e estrangeiros, de acordo com fontes.
Alguns fundos chegaram a fazer pedidos individuais de R$ 500 milhões pelos papéis, que pertenciam à Petrobras, que agora sai do capital da companhia. Entre os fundos, houve muitos participantes do tipo long-only, que têm perfil de longo prazo.
Frente a isso, a BR Distribuidora foi privatizada após a maior oferta de ações do ano.
(Com informações do Estadão Conteúdo)