Após a BR Distribuidora (BRDT3) divulgar seu resultado do primeiro trimestre deste ano na véspera, o BTG Pactual reiterou a recomendação de compra das ações da empresa, pois enxerga um upside em função do crescimento com qualidade dos números.
O lucro líquido da empresa subiu 110% na comparação de ano para ano, para R$ 492 milhões, bem acima do consenso do mercado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 1,18 bilhão, 8% acima da projeção do BTG. O preço-alvo do banco de investimento para a BR Distribuidora é R$ 27.
“Embora a BR Distribuidora tenha se beneficiado de uma janela de importação de combustível mais estreita, que reduz a competitividade dos players menores, manteve boas margens de contribuição”, comentou a instituição em relatório, afirmando que esses fatos trazem uma proposta de valor interessante.
O banco também se viu surpreendido pelo novo plano de economia de despesas de até R$ 450 milhões por ano. A atual estimativa vai de encontro com o enxugamento realizado desde o IPO, de R$ 1 bilhão. Isso fechará a lacuna de eficiência frente ao pares, disse o BTG.
BR Distribuidora à caminho da liderança do mercado
A companhia também mencionou em seu balanço R$ 290 milhões em ganhos potenciais com melhores compras, frete e lubrificantes. Caso as projeções sejam atingidas, a BR não apenas se tornará líder da indústria em que atua, mas também aumentará significativamente suas margens, afirmaram os analistas do banco.
O endividamento líquido da empresa, por sua vez, foi elevado em R$ 443 milhões na comparação trimestral, para R$ 5,1 bilhões. O aumento ocorreu principalmente em função do pagamento de R$ 498,3 em juros sob capital próprio (JCP) do primeiro semestre deste ano.
“A BR Distribuidora está melhorando sua execução comercial, permitindo um crescimento de maior qualidade, juntamente com um valuation atrativo e potencial de alta para as ações”, diz o relatório. O BTG afirma que o risco-retorno, neste patamar, é positivo para a distriduidora.
Por volta das 11h45 desta quarta-feira, as ações da BR Distribuidora subiam 8,61%, para R$ 25,98. Nos últimos 12 meses, os papéis da empresa subiram quase 50%, mas ainda estão abaixo da máxima histórica, de R$ 30,47, em fevereiro de 2020.