BR Distribuidora está analisando comprar ativos da Petrobras, diz CEO

A BR Distribuidora está avaliando comprar ativos da Petrobras, afirmou o presidente da companhia, Rafael Grisolia, nesta terça-feira (07). A fala ocorreu em  uma teleconferência com investidores. Na última segunda-feira (06), a empresa divulgou os seus resultados trimestrais.

De acordo com o executivo, a BR Distribuidora analisará “por diferentes ângulos” a possibilidade de comprar ativos de refino da Petrobras. “Temos obrigação, como distribuidora, de olhar isso pelos diferentes ângulos”, afirmou.

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Perguntado sobre os planos de desinvestimentos da BR, Grisolia afirmou que  a empresa continuará com o plano de negócio e dará prioridade a ativos que “agregam valor, de fato”. No entanto, declarou que vai revisar alguns pontos.

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“Vamos ter que dar uma revisitada sobre algumas decisões. Na parte de energia e gás, precisamos pensar no longo prazo. Pode ser que a gente revisite alguma coisa, mas nada confirmado”, disse.

De acordo com o executivo, a diminuição da participação da Petrobras no capital da companhia por meio de uma oferta subsequente de ações (follow-on) abre a possibilidade da BR não ser mais submetida à Lei das Estatais. Ele acrescentou ainda que a governança da distribuidora deverá ser uma “discussão importante” diante da redução da presença da petroleira na empresa.

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“A Lei das Estatais tem uma governança muito importante. A governança é um valor fundamental para nós, mas a Lei das Estatais, para uma empresa que tem que competir forte, como a BR, cria dificuldades em relação a contratações [de bens e serviços], em como lidar com gestão de pessoas”, afirmou durante teleconferência com investidores.

Grisolia afirmou que a sua gestão na BR irá dar prosseguimento às diretrizes do plano de negócio da empresa. “Toda a agenda colocada no IPO [operação de abertura de mercado] da BR está presente no nosso planejamento. A mensagem é de continuidade”, sustentou.

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Ele destacou alguns aspectos que serão prioridades, como:

  • redução de custos;
  • geração de valor nos negócios de lubrificantes, conveniência e nos programas de fidelidade;
  • melhorias das formas de pagamento;

“Também precisamos ter consistência no balanceamento entre nossa posição de preço e o volume de vendas, achar esse equilíbrio é muito importante”, disse. “Se perdemos escala de volume, isso começa a afetar também nossa métrica de reais por metro cúbico vendido”, completou.

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Balanço da BR

A BR Distribuidora fechou o primeiro trimestre de 2019 com um lucro líquido de R$ 477 milhões. Já a receita líquida da companhia se manteve na comparação com o ano anterior, com R$ 22 bilhões. O valor representa uma queda de 11,1% em relação ao último trimestre de 2018.

 

Renan Dantas

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