O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou nesta quarta-feira (2) a elaboração de uma proposta final para o Brexit. Ele reafirma que o Reino Unido sairá da União Europeia em 31 de outubro, com ou sem acordo.
Em um discurso no congresso anual do Partido Conservador do Reino Unido, o premiê solicitou às autoridades do bloco europeu que colaborassem para que o acordo estabelecendo os termos para a saída da UE seja alcançado.
Veja também: OMC diminui projeção de crescimento do comércio internacional
“Hoje apresentaremos em Bruxelas o que acredito que são propostas construtivas e sensatas, que representam um compromisso de ambas as partes”, afirmou Johnson.
Reino Unido dá ultimato no Brexit
Entretanto, o formato negociador tomado por Johnson pode criar mais divisões entre ambas as partes, já que é curto o prazo até o dia 17 de outubro, prazo máximo para a aprovação de um acordo pela cúpula europeia.
O governo do Reino Unido vai divulgar os detalhes das propostas numa carta ainda nesta quarta, segundo fontes do governo britânico. A equipe da União Europeia vai se encontrar com representantes dos 27 Estados-membros do bloco para avaliar a proposta ainda no final do dia, de acordo com funcionários europeus.
Representantes irlandeses, apoiados pelos demais governos da UE, já demonstraram contrariedade ao plano que envolve criar controles nas fronteiras, por entenderem que pode ameaçar o acordo de paz na ilha, o “backstop”.
Confira: Trump volta a criticar denúncia que levou ao seu processo de impeachment
Esse termo refere-se a uma forma de respeitar o tratado de paz que colocou fim à violência separatista na Irlanda do Norte. Desde então, um dos pilares do país é a manutenção de fronteiras abertas na ilha.
Johnson, no entanto, disse que o planejamento do governo britânico não é a criação de barreiras de controle na fronteira, ou próximo da fronteira. Além disso, afirmou que a Irlanda do Norte permanecerá seguindo as regras da UE para agricultura e indústria.
De acordo com o jornal britânico “Telegraph”, os detalhes da proposta do Reino Unido propõem que isso ocorra até 2025. Isso poderia gerar mais um entrave na UE, que não quer estipular um prazo para esse aspecto.
Notícias Relacionadas