Bolsonaro afirma que política de preços da Petrobras pode ser revista
Na última quinta-feira (16) o presidente Jair Bolsonaro disse que pode rever os preços da Petrobras desde que não haja prejuízos para estatal. Em sua transmissão ao vivo no Facebook, feito no Texas, o presidente disse que a população reclama sobre os preços “o tempo todo”.
“O pessoal reclama do preço da gasolina a R$ 5. E eles me culpam, atiram para cima de mim o tempo todo. O preço do combustível é feito pela Petrobras“, disse Jair Bolsonaro.
Além disso,o presidente completa afirmando que o preço “leva em conta o preço do barril de petróleo lá fora, bem como a variação do dólar. Lógico que se a gente puder rever isso aí sem prejuízo para a empresa, sem problema nenhum, às vezes, a política pode ter algum equívoco”.
Ademais, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também participou da transmissão. Para o ministro será reduzido o preço da gasolina quando houver “maior produção” e “quando não formos dependentes do petróleo que hoje ainda continuamos exportando e importando”.
Bolsonaro “não pode” intervir na política de preços
No dia 11 de março, a Petrobras havia anunciado um reajuste de 5,7% nos preços dos diesel. Porém, Bolsonaro determinou o cancelamento do aumento. A decisão provocou dados na estatal na ordem de R$ 32 milhões em valor de mercados.
No entanto, no dia 16 de março, o porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo, informou que o presidente havia dito que não queria e não podia intervir na política de preços da Petrobras.
“Uma frase que o nosso presidente disse logo no início da reunião: ‘eu não quero e não tenho direito de intervir na Petrobras‘”, relatou o porta-voz.
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O cancelamento do reajuste fez com que o mercado temesse uma possível volta do intervencionismo na estatal, como ocorreu na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Eu não quero, por questões de conceito dele, e eu não posso, por questões legais e até mesmo questões políticas”, completou Rêgo Barros.
A fala de Bolsonaro ocorreu logo após os ministros da Economia, Paulo Guedes, e o ministro Albuquerque, afirmarem que a Petrobras tem liberdade para escolher o momento e o valor do reajuste.