O presidente Jair Bolsonaro anunciou por meio de suas redes sociais o nome de Abraham Weintraub para o Ministério da Educação. Mais cedo, Bolsonaro demitiu Ricardo Vélez após uma reunião com o ex-ministro no Palácio do Planalto.
“Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao prof. Vélez pelos serviços prestados”, afirmou Jair Bolsonaro. A exoneração de Vélez e a nomeação de Weintraub foram publicadas no “Diário Oficial da União” nesta segunda-feira (08).
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No entanto, Jair Bolsonaro corrigiu parte da informação sobre o currículo do novo ministro. De acordo com o presidente, Weintraub possui mestrado e não doutorado. “Corrigindo: Abraham possui mestrado em Administração na área de Finanças pela FGV e MBA Executivo Internacional pelo OneMBA, com título reconhecido pelas escolas: FGV/Brasil, RSM/Holanda, UNC/Estados Unidos, CUHK/China e EGADE-ITESM/México”, disse Bolsonaro.
Na última sexta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro afirmou em café da manhã com jornalistas que o ministro Velez poderia ser exonerado. “Segunda-feira vai ser o dia do ‘fico ou não fico'”, disse o presidente na ocasião. No mesmo dia, Velez declarou que não entregaria o cargo.
Novo ministro
O novo ministro da Educação já integrava o governo de Jair Bolsonaro. Weintraub atuava na secretária executiva da Casa Civil, considerado o segundo cargo mais importante dentro da pasta. Além disso, era membro da equipe de transição e junto com o irmão foi responsável pela área de Previdência no período.
Abraham Weintraub é formado em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo e mestre em administração na área de finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e atuou no mercado financeiro por mais de 20 anos.
Foi sócio da Quest Investimentos, diretor do Banco Votorantim, membro do comitê de trading da Bovespa e conselheiro da Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord).
Guerra no MEC
Ricardo Vélez Rodriguez permaneceu dois meses e meio à frente do Ministério da Educação. O ministro vinha enfrentando uma série de dificuldades causada por desentendimentos entre militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho.
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Ao todo, houve 14 trocas em cargos importantes no Ministério da Educação. A demissão de Vélez Rodríguez é a segunda baixa nos ministérios do governo de Jair Bolsonaro. No mês passado, o advogado Gustavo Bebianno deixou a Secretaria-Geral.