Bolsonaro volta a defender acordo Mercosul-UE após receber embaixador
O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a defender a assinatura de um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), após receber as credenciais do novo embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, nesta quarta-feira (19).
“Recebi as credenciais do Embaixador da Alemanha. Reafirmamos nosso interesse de aprofundar a parceria econômica e de assinar o Acordo Mercosul-União Europeia”, escreveu Bolsonaro, em sua conta oficial no Twitter.
O possível tratado é alvo de críticas por grupos no exterior em vista da política ambiental brasileira e o aumento do desmatamento na região da Floresta Amazônica. Para se aprovado, o acordo depende da ratificação de todos os países do bloco.
– Recebi as credenciais do Embaixador da Alemanha.
– Reafirmamos nosso interesse de aprofundar a parceria econômica e de assinar o Acordo Mercosul-União Europeia.
– Os Embaixadores da Armênia, Arman Akopian, e da Argentina, Daniel Scioli, também apresentaram suas credenciais. pic.twitter.com/PCKv7UEXLU
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) August 19, 2020
Falas de Bolsonaro sobre Fundo Amazônia complicam acordo
As críticas também se estendem ao próprio mandatário, cujas declarações feitas no ano passado sobre o Fundo Amazônia, que possui a Alemanha como um dos principais financiadores, causaram mal-estar entre os dois países.
Bolsonaro afirmou, em agosto de 2019, que a nação europeia “vai deixar de comprar à prestação a Amazônia”, ao comentar a suspensão dos investimentos da Alemanha. “Pode fazer bom uso dessa grana, no Brasil não precisa disso”, afirmou.
Quando questionado se a situação não poderia gerar efeitos negativos para a imagem brasileira no exterior, o presidente insinuou que grandes países estariam interessados em se “apoderar” das riquezas do Brasil.
Bolsonaro também ressaltou que os embaixadores da Armênia, Arman Akopian, e da Argentina, Daniel Scioli, apresentaram as suas credenciais na manhã desta quarta-feira. “O Brasil tem orgulho de seus fortes laços humanos com o povo armênio e da importante relação com os nossos irmãos da Argentina”, concluiu o mandatário.