O presidente Jair Bolsonaro cancelou, nesta quarta-feira (8), a sua ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. De acordo com o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, a decisão envolveu um somatório de fatores de segurança, econômicos e políticos.
O porta-voz negou que a decisão seja apenas por aspectos de segurança de Bolsonaro, por conta da tensão internacional após os recentres conflitos entre Estados Unidos e Irã. “Não há qualquer ligação com o fato que ocorreu no Oriente Médio”, afirmou Rego Barros.
É esperado que o ministro da Economia, Paulo Guedes, compareça ao evento mesmo sem o presidente.
O porta-voz afirmou que o presidente irá viajar à Índia neste mês e será recebido como convidado de honra para as celebrações do Dia da República da Índia, no dia 26 de janeiro.
De acordo com Rego Barros, Bolsonaro passou por exames de check-up na manhã desta quarta e os resultados foram considerados normais. Além disso, o presidente foi submetido a exames de dermatologia, cardiologia e de gastroenterologia. Não há previsão de que Bolsonaro seja submetido a qualquer cirurgia, concluiu.
Bolsonaro sanciona lei que transfere Coaf para o BC
O presidente Jair Bolsonaro sancionou, na última terça-feira (7), a lei que transfere o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia ao Banco Central. O órgão terá, agora, uma nova estrutura.
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O Diário Oficial da União publicará o texto sobre a mudança do Coaf nesta quarta-feira (8). Vale lembrar que ele já havia sido aprovado no Senado no dia 17 de dezembro.
Era previsto pela MP original uma alteração do nome do órgão para Unidade de Inteligência Financeira (UIF). Entretanto, após o parecer do relator Reinhold Stephanes Júnior (PSD-PR), o nome atual foi mantido.
Transferência do Coaf visa acabar com “jogo político”
Em agosto do ano passado, o presidente brasileiro afirmou que o Coaf poderia ser transferido para o Banco Central. “O que nós pretendemos é tirar o Coaf do jogo político”, disse Bolsonaro na época. “Vincular ao Banco Central, aí acaba (o jogo político)”, assegurou o presidente.
A declaração foi feita ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro. Na agenda oficial do líder do executivo, o encontro com o ministro não estava marcado.
“Tudo o que tem política, mesmo sendo bem intencionado, sempre sofre pressões. A gente quer evitar isso aí”, acrescentou o mandatário. “O Coaf, porventura caso vá para o Banco Central, vai fazer o seu trabalho sem qualquer suspeição de favorecimento político”, destacou Bolsonaro.