Bolsonaro diz que testou positivo para coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro informou, nesta terça-feira (7), que testou positivo para o novo coronavírus (Covid-19). A informação foi dada pelo próprio mandatário, em entrevista à TV Brasil.

Bolsonaro disse a poiadores em frente ao Palácio da Alvorada, na última segunda-feira (6), no que havia apresentado sintomas da doença e fez exames no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. “Eu vim agora do hospital, fiz uma ‘chapa’ de pulmão. Tá tudo limpo. Vou fazer exame do covid agora, mas tá tudo bem”, disse.

O mandatário utilizava máscara durante a conversa e solicitou que as pessoas não se aproximassem muito dele. “Não pode chegar muito perto não, tá. Recomendação para todo mundo”. Ele disse que teve sintomas de cansaço, mal-estar, dor muscular e febre de até 38ºC.

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O chefe do Executivo ainda afirmou à imprensa que o resultado da avaliação do pulmão revelou bom funcionamento do órgão. O político salientou que já está tomando hidroxicloroquina, como forma de prevenção. O tratamento preventivo com o medido não é a recomendação médica padrão.

“Estou bem, estou normal, em comparação a ontem, estou muito bem. Estou até com vontade de fazer uma caminhada, mas, por recomendação médica, não farei”, revelou o mandatário.

Outros integrantes do governo que tiveram contato com o presidente nos últimos dias também realizaram exames para averiguar a contaminação. O ministro da defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, estão entre os que realizaram os testes.

O presidente tem 65 anos, faixa etária considerada grupo de risco por especialistas.

Bolsonaro minimizava efeitos da pandemia e participava de aglomerações

Desde o início da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus e sua chegada ao Brasil, Bolsonaro tem dado declarações nas quais minimiza seus impactos.

No dia 24 de março, em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, o mandatário chegou a chamar a doença provocada pelo vírus de “gripezinha”.

O presidente vem se recusando a manter o distanciamento social e tem o costume de se aproximar das pessoas ao aparecer um público, durante passeios ou manifestações. Ao mesmo tempo, o mandatário vê como exageradas as medidas implementadas por governadores e prefeitos para conter o avanço da doença.

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No último sábado (4), feriado de independência dos Estados Unidos, Bolsonaro, sem máscara, fez uma aparição em público ao lado do embaixador dos norte-americano no Brasil, Todd Chapman. O brasileiro foi à embaixada para um almoço em comemoração à data.

Em março, o Bolsonaro fez três exames para a Covid-19 após regressar de uma viagem aos Estados Unidos, quando grande parte de sua comitiva contraiu a doença. Ele, no entanto, não havia sido contaminado.

Jader Lazarini

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