O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse na última quinta (14) que vai determinar ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, a reversão da bandeira “escassez hídrica”, que tornava a conta de luz mais cara ao adicionar uma taxa a mais.
“É doloroso autorizar o ministro Bento decretar bandeira vermelha, Ssabemos as dificuldades da energia elétrica. Vou pedir para ele… Pedir, não, determinar a ele que volte à bandeira normal a partir do mês que vem”, disse o chefe do Executivo no evento Conferência Global 2021 – Millenium, organizado por evangélicos.
A bandeira escassez hídrica foi anunciada pelo governo em 31 de agosto como forma de financiar o acionamento de usinas térmicas em meio à crise hídrica, que compromete os reservatórios. “Deus nos ajudou agora com chuva, estávamos na iminência de um colapso. Não podíamos transmitir pânico à sociedade”, disse o presidente, no evento, sobre a situação.
Bolsonaro participou presencialmente do evento, mesmo após ter dito nesta noite, em transmissão ao vivo nas redes sociais, que está no “auge de uma gripe”. Neste momento de pandemia de covid-19, a recomendação de especialistas é adotar o isolamento social em caso de sintomas gripais, ao menos até um teste que descarte a infecção pelo novo coronavírus. Até o momento, o Palácio do Planalto não informou novos testes do presidente.
Bolsonaro havia assinado decreto para redução de consumo de energia
Com a crise hídrica e seus riscos iminentes, o governo decidiu por priorizar pela primeira vez em anos as matrizes energéticas mais poluentes, com previsão de utilização até 2025.
A medida de emergência deve custar R$ 13,1 bilhões aos cofres públicos, considerando o acionamento das térmicas de janeiro a novembro. A conta de luz, desta forma, ficou mais cara .
Além disso, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), são previstos R$ 12 bilhões em investimentos no setor até o ano de 2026.
Ainda nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto determinando a redução de consumo de energia elétrica em órgãos da Administração Pública. A ideia era economizar energia em meio à crise hídrica que tomou conta do país.
(Com Agência Estado)
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