Bolsonaro: quero reforma “menos desidratada possível”
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que quer que se desidrate “o menos possível” da reforma da Previdência. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira (13).
“A gente quer que desidrate o menos possível, queremos aprovar a reforma da previdência. O que o parlamento fizer, nós obviamente acataremos e é sinal que eles descobriram que tem coisas que podem ser alteradas e vamos aceitar”, declarou Bolsonaro.
O presidente afirmou que o governo irá atuar para que o sistema de capitalização seja mantido. Entretanto, ele ressaltou que o poder Executivo não é o detentor das leis.
“Capitalização é outra coisa, nós apresentamos a nossa proposta. Nós não somos os donos da leis, mesmo Medida Provisória que tem efeito imediato depois de algum tempo ela pode ser alterada e ser rejeitada. Gostaríamos que fosse mantida a capitalização e vamos lutar nesse sentido”, comentou Jair Bolsonaro.
Ao falar sobre os estados e municípios fora do texto da Previdência, Bolsonaro mencionou a existência de uma tendência para que isso ocorra. Segundo o presidente, se esse for o “sentimento dos parlamentares, que seja feita a vontade deles”.
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“E a economia que o Paulo Guedes fala é no tocante ao federal. Nos Estados, eles sabem onde o calo aperta, e os municípios também. E a maioria está com problemas, vão ter que fazer uma reforma, poderiam somar-se à nossa, mas parece que não querem”, disse Bolsonaro.
Parecer do relator sobre a reforma da Previdência
A reforma da Previdência terá uma economia de R$ 913,4 bilhões em dez anos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (13) pelo relator da proposta, Samuel Moreira (PSDB-SP). O político apresentou a proposta de reforma na comissão especial da Câmara dos Deputados.
Saiba mais: Reforma da previdência terá economia de R$ 913,4 bi em dez anos
A versão original da reforma da Previdência, enviada ao Congresso pelo governo do presidente Jair Bolsonaro em fevereiro, previa uma economia de R$ 1,2 trilhão em dez anos.