O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira (15) à rede “BandNews TV” que a reforma administrativa deve ficar para o seguinte, em razão da pandemia do novo coronavírus.
O mandatário também citou as eleições municipais, programadas para o final do ano, e que seria necessário uma “guerra de mídia” para conseguir aprovar o projeto de reforma administrativa.
“O segundo semestre acho que acaba em novembro, por que as eleições, né? Então, com certeza, fica para o ano que vem”, afirmou Bolsonaro, quando perguntado sobre a proposta.
O presidente declarou que é necessário realizar um plano mídia, enquanto elabora a proposta de reforma na administração pública, para não chegar no “final da linha algo completamente distorcido”.
“Por exemplo, nós não queremos acabar com a estabilidade dos servidores, mas, a partir do momento que você bota na proposta que a partir de agora não vai ter mais estabilidade, o que chega para todos os 12 milhões de servidores do Brasil é que estão acabando com a estabilidade deles, então é um desgaste muito grande”, defendeu Bolsonaro.
Governo adia reforma administrativa e tributária
Além disso, o mandatário também citou a reforma tributária, outra pauta importante para equipe econômica do governo federal. O presidente afirmou que está sendo discutida há quase 30 anos, porém nunca foi aprovada em razão dos diferentes interesses dentro do Congresso brasileiro. Entretanto, pontuou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria caminhando para uma proposta que “possa ser aprovada”.
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“A reforma tributária é complicada porque, quando entra no Parlamento, os interesses dos governadores, dos prefeitos, do próprio governo federal, de outros grupos”, afirmou Bolsonaro. “É o que eu falo pro Paulo Guedes: tem que ser uma reforma que possa ser aprovada. O Paulo Guedes tá caminhando nessa direção. A reforma perfeita nós estamos tentando há 30 anos pelo menos”.
A reforma administrativa e a tributária são pautas antigas para o Parlamento e o Executivo, para otimização dos gastos públicos e a dinamização da economia. As reformas foram grandes bandeiras do governo do presidente Bolsonaro e um dos principais objetivos da agenda econômica para 2020.