O presidente da República, Jair Bolsonaro, admitiu no último sábado (5) que a recuperação econômica do Brasil não será tão rápida.
O mandatário criticou, em visita a São Paulo, aqueles que defendiam deixar para cuidar da economia somente em um segundo momento após controlar a pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro também condenou governadores e prefeitos, que determinaram restrições de distanciamento social, assim como o fechamento de rodovias, segundo o presidente, “projetos nanicos de ditador”.
“Aquele pessoal que dizia no passado, né, que não era eu, ‘a economia recupera depois’, tem que ver onde tá esses caras para botar a cabeça para fora e dizer como recupera rapidamente a economia”, afirmou o presidente em obras de reforma no aeroporto de Congonhas.
“Eu sempre falei que era vida e economia. Fui muito criticado, mas eu não posso pensar de forma imediata”, acrescentou Bolsonaro. “Esperamos que volte à normalidade o país. Não digo rápido, porque não vai ter como ser rápido, mas não tão demorado assim”.
Bolsonaro diz que não teve autoridade para tomar medidas
O mandatário voltou a se queixar que não teve autoridade para tomar as medidas que desejava para conter os impactos da pandemia de covid-19 sobre o País.
“Tiraram poder de eu resolver as questões como eu achava que devia resolvê-las”, afirmou Bolsonaro. “Fica uma grande experiência, como alguns me acusam de ditador, os projetos nanicos de ditador que apareceram pelo Brasil afora, não só em áreas estaduais como em algumas e municipais também”.
A equipe econômica do governo vinha afirmando que o Brasil mostrava sinais de uma recuperação em “V”, quando queda acontece no mesmo ritmo da volta, porém começam a multiplicar as dúvidas sobre a continuidade desse impulso, em vista do fim das medidas para mitigar os efeitos da crise, especialmente o o auxílio emergencial.
O presidente Bolsonaro declarou que as pessoas não deveriam temer a “realidade”, em referência à epidemia do novo coronavírus no Brasil, e reiterou que é necessário enfrentá-la.