Jair Bolsonaro (PSL) voltou atrás da fusão entre o Ministério da Agricultura e o Ministério do Meio Ambiente. A tendência agora é que eles continuem separados, entretanto é esperado mudanças em suas estruturas.
Na terça-feira, 30 de outubro, o escolhido para Casa Civil do governo de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni, havia afirmado que as pastas seriam unidas. Fato que gerou repercussão negativa sobre o assunto.
Um dia depois, na quarta-feira (31), Luiz Antônio Nabhan Garcia, líder da União Democrática Ruralista (UDR) e aliado do capitão reformado, comentou que o presidente eleito ainda não havia posição definida sobre o tema.
Em entrevista as TVs católicas, o capitão da reserva falou:
“Tivemos uma ideia que seria a fusão do Ministério do Meio Ambiente e da Agricultura, (mas) pelo que tudo indica serão dois ministérios distintos, mas com uma pessoa voltada para a defesa do meio ambiente sem o caráter xiita como feito nos últimos governos”.
O político ainda afirmou que serão revistas algumas questões, principalmente, ligadas a burocracia.
“Nós pretendemos proteger o meio ambiente sim, mas não criar dificuldade para o nosso progresso. Por exemplo, muitas vezes você precisa de uma licença ambiental, isso leva 10 anos ou mais e dificilmente se consegue. Isso não vai continuar existindo”.
O caso ainda gerou debate dentro do governo atual.
Edson Duarte, ministro do Meio Ambiente, criticou a fusão alegando, principalmente, os possíveis problemas operacionais causados por tal.
Enquanto Bairo Maggi, atual ministro da Agricultura, se posicionou contrário à proposta do governo de Bolsonaro, apontando que a reunião causaria prejuízo para o agronegócio.