Bolsonaro quer menor interferência política no Mercosul e redução de tarifas

O presidente Jair Bolsonaro deseja diminuir as interferências políticas no Mercosul.

Além disso, Bolsonaro pretende promover uma redução das tarifas de importação do Mercosul.

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Durante a visita do presidente da Argentina, Mauricio Macri, ao Brasil, os dois presidentes discutiram possíveis acordos para a diminuição da Tarifa Externa Comum (TEC). O imposto é cobrado sobre produtos importados de países fora do bloco.

Segundo apuração do jornal “Folha de S. Paulo”, para a equipe econômica ter um Mercosul enxuto significa valorizar um comércio dentro do bloco mais eficiente, sem interferências política ou protecionismos.

A Venezuela segue entre os assuntos mais preocupantes, porém o país não é mais integrante do Mercosul.

Outras pautas, como moeda única ou qualquer tópico que diga respeito a soberania dos países, estão descartados no momento.

De acordo com assessores do presidente Bolsonaro, a ideia é não incorporar as diretrizes da União Europeia.

No momento, o foco do Mercosul deverá ser:

  • continuidade das negociações de acordos comerciais;
  • promoção de redução das tarifas;

Segundo a “Folha”, a revisão da TEC se dará por duas frentes:

  • Reorganização geral da estrutura, promovendo um corte de tarifas e, assim, elevando a competitividade da economia.
  • Redução das tarifas de importação em quatro setores: siderurgia, petroquímica, bens de capital e bens de informática e telecomunicações

No caso da redução das alíquotas dos bens de capital e de informática e telecomunicações, o Brasil tem autonomia para aprová-las sem consentimento dos demais países do Mercosul.

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Já os outros setores, como petroquímica, precisam ser discutidas em conjunto com o bloco.

Dias após a vitória de Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Mercosul não estava entre as prioridades. As declarações foram criticadas por economistas e causou mal-estar nos argentinos. Durante o encontro, ocorrido na última quarta-feira (16), Guedes classificou a fala como um “equívoco”.

 

Renan Dantas

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