Bolsonaro será protagonista do primeiro dia do Fórum Econômico Mundial

Esta terça-feira (22) será o primeiro dia da edição 2019 do Fórum Econômico Mundial de Davos. O evento mais importante do mundo que reúne líderes políticos, economistas e executivos das principais empresas do planeta.

E o primeiro dia desta edição será dedicado ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. O mandatário será o hóspede de honra desta edição de Davos. Ele abrirá os trabalhos com uma apresentação junto ao fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab. Na edição de 2018, somente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha obtido essa honra. A fala de Bolsonaro será as 12h30, horário de Brasília (às 15h30 locais).

O presidente brasileiro falará sobre as mudanças que seu governo pretende implementar no Brasil. Em particular as reformas, como aquela da Previdência social, que poderiam colocar novamente o País nos trilhos da sustentabilidade fiscal e do crescimento econômico. Questões que os investidores internacionais presentes em Davos aguardam ouvir para voltar a aplicar recursos no Brasil.

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Bolsonaro antecipou que seu discurso foi preparado e revisado por vários ministros e será “muito curto, objetivo, claro”. “Discurso muito curto, objetivo, claro, tocando nesses pontos que eu falei para vocês aqui. Foi feito e corrigido por vários ministros para que nós déssemos o recado mais amplo possível sobre o novo Brasil que se apresenta com a nossa chegada ao poder”, explicou o mandatário.

Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que quer mostrar ao Fórum Econômico Mundial as medidas que o governo está adotando. “Queremos mostrar, via nossos ministros, que o Brasil está tomando medidas para que o mundo restabeleça a confiança em nós, que os negócios voltem a florescer entre o Brasil e o mundo, sem o viés ideológico, que nós podemos ser um país seguro para investimentos. E em especial a questão do agronegócio, que é muito importante para nós, é a nossa commodity mais cara. Queremos ampliar esse tipo de comércio. E para isso, estamos aqui para mostrar que o Brasil mudou”, afirmou o presidente.

A participação de Bolsonaro em Davos é a estreia internacional do presidente brasileiro após sua eleição no dia 28 de outubro de 2018. Os jornalistas presentes no Fórum estão se concentrando na cobertura de Bolsonaro. A mídia brasileira e internacional, por exemplo, cercou o hotel Seehof, onde o presidente brasileiro está hospedado.

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Entretanto, o presidente não se encontrará com a mídia. Em sua agenda oficial, está presente uma reunião do Conselho Internacional de Negócios e um jantar oferecido por Klaus Schwab. Mais uma demonstração da importância atribuída ao presidente brasileiro em Davos.

Além de Bolsonaro, ao longo dos próximos dias o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, falarão também em painéis temáticos.

O que será discutido em Davos 2019

O tema central desta edição será discutir os efeitos da quarta revolução industrial na globalização. Por exemplo, as questões ligadas a sempre maior automação das cadeias de produção, da chegada da inteligência artificial e também sobre as criptomoedas como o bitcoin.  Segundo o fundador do Fórum Econômico Mundial, essas são questões tão revolucionários que é necessário repensar a arquitetura institucional global para fazer frente a esses grandes desafios.

Os painéis de debates se desdobrarão em torno de cinco princípios: 1. O diálogo é fundamental e deve basear-se em uma pluralidade de temas envolvidos; 2. A globalização deve ser responsável e sensível às preocupações regionais e nacionais; 3. A coordenação internacional deve ser melhorada na ausência de cooperação multilateral; 4. Abordar os principais desafios globais exige esforços de colaboração das empresas, dos governos e da sociedade civil; 5. O crescimento global deve ser inclusivo e sustentável.

No Fórum Econômico Mundial de Davos estarão presentes 30 chefes de Estado e de governo. Entre eles, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe; o vice-presidente chinês, Wang Qishan; o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte; o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez; o holandês Mark Rutte; a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente do Iraque, Barham Salih; o chanceler austríaco Sebastian Kurz; o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; o primeiro-ministro líbio, Faiez Al Serraj.

Carlo Cauti

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