Em entrevista à “Rede Record”, no último domingo (3), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as coisas estão caminhando para uma possível saída de seu atual partido, o PSL. Além disso, o mandatário disse que há a possibilidade de criar outro partido. “A probabilidade de eu sair do partido é de 80% e de criar um novo é de 90%. Um novo partido que vai começar do zero, sem televisão, sem fundo partidário, nada”, afirmou.
Atritos entre Bolsonaro e o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, vieram a público no mês passado e causaram um certo estremecimento do partido do atual presidente. “Qual é o problema ali? Do começo ao fim, eu pago a conta sobre qualquer desvio de terceiros do partido. É o tempo todo assim. Ou eu passo a ter comando das ações e começo a fazer o fundo partidário ir para onde tem que ir, ou o que pode acontecer? Eu posso sair do partido”, reiterou o presidente.
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Há grandes chances de não haver tempo o suficiente para um novo partido ser registrado na Justiça Eleitoral de modo que possa participar das eleições municipais do ano que vem. Sendo assim, é provável que os aliados do atual presidente tenham que concorrer pelo PSL.
Também durante a entrevista à emissora, o presidente brasileiro assegurou que irá ter um envolvimento maior na campanha dos candidatos em cerca de 200 municípios.
Reforma administrativa
Bolsonaro disse ainda que irá entregar ao Congresso, na terça-feira (5), um conjunto de propostas que fazem parte da reforma administrativa anunciada pelo governo. “Vamos deixar o Estado mais leve e mais enxuto. Daqui pra frente, quem tomar posse, não tem mais estabilidade. Qualquer contratação daqui pra frente. Logicamente, algumas carreiras terão estabilidade. A Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Forças Armadas, terão estabilidade”, afirmou.