Bolsonaro: Nova CPMF em reforma tributária seria ‘derrota por antecedência’
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou novamente que seu governo não apoia a volta de uma Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). De acordo com o mandatário, o imposto na reforma tributária seria uma “derrota por antecedência” no Congresso.
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“Quem entrar nessa de imposto sobre cheque está pedindo para ser derrotado por antecedência. Entra em campo perdendo por três a zero”, afirmou Bolsonaro, sobre uma nova CPMF, aos jornalistas no Palácio da Alvorada.
O presidente disse que sua equipe econômica está com foco nos impostos federais. “Vai ser feito nessa linha. O resto, o Parlamento vai decidir”, disse o presidente. Em contrapartida, o ministro da Economia, Paulo Guedes, defende uma nova CPMF para empresários.
“É o ponto controverso da reforma tributária. Vamos deixar esse dilema. Querem 20% de encargos trabalhistas e 13 milhões de pessoas sem emprego? Deixa do jeito que está. Eu preferiria não ter de recorrer a isso, mas acho a oneração de folha de pagamento um crime contra brasileiros”, salientou Guedes.
Ainda segundo Guedes, se a alíquota desse imposto for baixa, “não machuca”. “Quando o Fernando Henrique [Cardoso] lançou esse imposto, todo o mundo apoiou porque arrecada rápido”, acrescentou o ministro.
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Entenda a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira
A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) teve duração de 11 anos no País. Ela funcionava da seguinte forma: todas as transações bancárias feitas por um cidadão tinham tributos cobrados em cima. A contribuição foi aplicada de 1997 até 2007, em âmbito federal, e tinha como objetivo arrecadar fundos para o custeio da saúde e Previdência Social.
Algumas movimentações financeiras ficavam de fora dessa tributação bancária, como por exemplo:
- Negociação de ações na Bolsa de Valores;
- Saques de aposentadorias;
- Seguro-desemprego;
- Transferências entre contas correntes da mesma titularidade.
Neste período de funcionamento, os tributos da CPMF conseguiram gerar um valor de R$ 223 bilhões aos cofres.