Bolsonaro: “Não nasci para ser presidente, nasci para ser militar”

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira (5) que não nasceu para o cargo de chefia do Brasil, mas sim para a carreira de militar. “Desculpem as caneladas. Não nasci para ser presidente, nasci para ser militar”.

A afirmação foi feita em discurso no Palácio do Planalto para inauguração do Espaço de Atendimento de Ouvidoria da Presidência da República. “Mas no momento como esse, somente junto com vocês nós podemos mudar o destino do Brasil. Sozinho não vou chegar a lugar nenhum”, completou Bolsonaro.

“Não tenho qualquer ambição, não me sobe à cabeça o fato de ser presidente. Eu me pergunto, olho pra Deus e pergunto: Meu Deus, o que eu fiz para merecer isso? É só problema. Mas temos como ir em frente, nós temos como mudar o Brasil“, acrescentou o presidente da República.

As “caneladas” mencionadas por Bolsonaro são referentes às críticas feitas a seu governo. A principal delas é a má condução da articulação política para aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência.

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Saiba mais – Bolsonaro admite que sistema de capitalização pode ficar para depois

Presidência da República: expectativa x realidade

Ao ser questionado se o cargo presidencial do País é mais difícil do que político do PSL ansiava, o presidente respondeu que não e que “sabia das dificuldades por ser um País grande“.

O político do PSL declarou que sabia da existência de “muitos vícios no Brasil”. Dentre os quais, mencionou:

  • a violência;
  • o desemprego;
  • e a educação.

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Nova Previdência

Acerca da PEC previdenciária, o presidente disse: “Temos que convencer o pessoal para mostrar a questão da [reforma] da Previdência. Se não aprovar agora, pelo menos grande parte, daqui dois a três anos vai faltar dinheiro para pagar quem está na ativa, vamos virar uma Grécia“.

O presidente voltou a admitir que a o sistema de capitalização, incluso no texto da reforma da Previdência, poderá ser desaprovado pelo Congresso Nacional. Bolsonaro já havia admitido o fato durante a manhã.

“Nós queremos aprovar o que está aí. Mas se os parlamentares entenderem que está complicado, difícil de explicar agora, podem decidir deixar para outra oportunidade“, explicou aos jornalistas.

“A gente gostaria que a proposta enviada fosse aprovada na íntegra. Mas com toda certeza vai ser aperfeiçoada por parte do Parlamento”, disse Bolsonaro.

Amanda Gushiken

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