Em dia de alta de preços dos combustíveis, Bolsonaro diz que não vai interferir na Petrobras (PETR4)

O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta sexta (8) que não vai interferir na Petrobras (PETR4) ou congelar o preço dos combustíveis “na canetada”. Ainda hoje, a estatal anunciou aumento do preço da gasolina e do gás de cozinha. “Não tenho poder sobre Petrobras”, diz Bolsonaro. O presidente também afirmou estar conversando com Paulo Guedes, ministro da Economia, sobre a direção da política econômica.

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As declarações vêm em meio à pressão para que Bolsonaro adote alguma medida para diminuir o preço dos combustíveis, vilão da inflação. É cobrado também pelas negociações do Auxílio Brasil, programa para substituir o Bolsa Família que deve se tornar na vitrine eleitoral do governo nas eleições de 2022.

Com apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o Executivo quer alterar a incidência do ICMS sobre os combustíveis, mas enfrenta resistência de governadores. Nesta sexta, a Petrobras reajustou a gasolina e o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, em 7,2%.

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Apesar da insatisfação com a alta dos preços, Bolsonaro também garantiu que não haverá rompimento de contratos em seu governo. “Quando se fala em combustível, nós somos autossuficientes, mas por que esse preço atrelado ao dólar? Eu posso agora rasgar contratos? Como é que fica o Brasil perante o mundo?”, questionou.

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Bolsonaro rebate críticas ao governo

O discurso do presidente em Campinas foi interrompido logo no início por gritos de “Fora Bolsonaro” e outras críticas ao governo. “Não vamos chegar ao nível deles. Sairei daqui imediatamente se ela manifestante me responder quanto é 7 vezes 8 ou raiz quadrada de quatro”, respondeu o presidente no microfone.

Ele reconheceu, porém, que a sua gestão tem falhas. “Em parte dá certo nosso governo, não vou falar que é tudo 100%”, afirmou. Em seguida, voltou a dizer que seu governo não tem corrupção. “Pode haver um dia, mas não vai ser por incentivo”, acrescentou, sem considerar as denúncias de irregularidades na compra de vacinas contra a covid-19 expostas pela CPI da Pandemia.

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A participação do Bolsonaro para marcar investimentos do governo em ciência e tecnologia, especialmente em nióbio, uma retórica comum do presidente com sua base mais radicalizada, acontece no mesmo dia em que o Ministério da Economia diminuiu em 87%, de R$ 690 milhões para R$ 89,8 milhões, o encaminhamento de verbas para o setor neste ano via crédito suplementar. O pedido de corte foi revelado pela colunista Míriam Leitão, do jornal O Globo.

(Com informações da Agência Estado)

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Bruno Galvão

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