Bolsonaro afirma permanecer no Acordo de Paris após reunião com Macron
O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da França, Emmanuel Macron, se reuniram informalmente durante o G20, em Osaka, no Japão, nesta sexta-feira (28). De acordo com o porta-voz da Presidência,o Brasil continuará no Acordo do Clima de Paris.
Ademais, Bolsonaro sinalizou ao presidente francês que espera apoio do país para o acordo de livre comércio da União Europeia com o Mercosul. Além disso, o presidente da República convidou Macron para visitar a região amazônica do País.
No final do ano passado, o presidente francês afirmou que o acordo de UE e Mercosul dependia da posição de Bolsonaro.
Acordo entre UE e Mercosul
No dia 29 de novembro do ano passado, Macron disse em uma entrevista coletiva que seu apoio ao acordo dependia da posição de Bolsonaro em relação ao Acordo Climático de Paris.
“Não podemos pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com países que não fazem o mesmo. Queremos acordo equilibrados”, disse o presidente francês.
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Essa declaração foi feita em relação a campanha eleitoral de Bolsonaro que afirmava que poderia retirar o Brasil do Acordo de Paris. No entanto, quando eleito, disse que só iria sair do acordo não fosse alterado.
A posição de Bolsonaro durante o encontro entre os presidentes reforçou o posicionamento do compromisso firmado pelos Brics.
“Continuamos comprometidos com a plena implementação do Acordo de Paris, adotado sob os princípios da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a mudança climática, inclusive os princípios das responsabilidades comuns porém diferenciadas e respectivas capacidades, à luz de diferentes circunstâncias nacionais”, diz o texto do grupo.
Merkel e Bolsonaro
Além da preocupação de Macron com questões climáticas, a chanceler alemã, Angela Merkel, se manifestou às vésperas do G20 sobre o desmamento do Amazonas.
Em resposta, o presidente da República afirmou que não aceitaria advertências de outros países.
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“Eles [alemães] têm a aprender muito conosco. O presidente do Brasil que está aqui não é como alguns anteriores que vieram aqui para serem advertidos por outros países. Não, a situação aqui é respeito para com o Brasil. Não aceitaremos tratamento como no passado, de alguns casos de chefes de estado que estiveram aqui”, disse o presidente.
Nesta sexta, Merkel e Bolsonaro se encontraram durante a cúpula do G20. O assunto discutido não foi revelado. De acordo com o porta-voz, o clima da reunião “foi amistosa”.