Os presidentes Jair Bolsonaro e Mauricio Macri assinaram nesta quarta (16) um novo acordo de extradição entre Brasil e Argentina.
O ato de Bolsonaro e Macri, realizado no Palácio do Planalto, havia sido adiantado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Segundo ele, a ideia de um novo acordo de extradição seria “evitar o que aconteceu com o [Cesare] Battisti“.
“Às vezes tem uma situação urgente. Precisa prender o cara. E, se você seguir o canal diplomático, acontece igual o Battisti“, declarou Moro. Ele disse que as documentações foram assinadas “fora dos canais diplomáticos para adiantar e atender situações urgentes”.
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O caso Battisti
No fim de 2018, o então presidente Michel Temer assinou a extradição de Cesare Battisti, condenado por assassinatos na Itália. O italiano, no entanto, conseguiu fugir para a Bolívia, onde foi preso pela Interpol no último sábado.
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O governo Bolsonaro chegou a declarar que Battisti passaria pelo Brasil antes de ser deportado para a Itália. Autoridades italianas, no entanto, temeram que alguma ação judicial em terras brasileiras pudessem mudar os rumos da extradição e preferiram levá-lo diretamente à Europa.
“Existe um tratado de extradição um pouco antigo, feito em outra época. As formas de comunicação hoje são outras, e há a percepção de que há necessidade de sempre agilizar esse mecanismo de cooperação”, disse Sergio Moro. “Esse tratado vai permitir uma comunicação mais rápida entre os dois países [Brasil e Argentina]”.
Jair Bolsonaro e Mauricio Macri também falaram sobre reformas e a relação entre Brasil e Argentina. Segundo eles, as reformas que os países tocam são fundamentais para um crescimento sustentável. Em 2017, o país vizinho aprovou uma reforma da Previdência, já durante a atual gestão. “O que nos move é a busca por resultados concretos para o bem estar dos brasileiros e argentinos”, disse Bolsonaro.
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