Bolsonaro sanciona lei de criação da Empresa Simples de Crédito

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira (24) a lei que cria a Empresa Simples de Crédito (ESP). O ato oficial ocorreu no Palácio do Planalto.

No último dia 19 de março, o Senado aprovou o projeto. De acordo com o Ministério da Economia, o ESP permitirá a pessoas físicas emprestar dinheiro para pequenos negócios, como cabeleireiros, mercadinhos e padarias. A medida faz parte do plano do governo de Jair Bolsonaro para diminuir a burocracia e incentivar o empreendedor.

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Não há exigências de capital mínimo para a abertura de uma ESP. Porém, o projeto exige que a pessoa tenha uma receita bruta anual de no máximo R$ 4,8 milhões.

O governo projeta que o ESP pode injetar R$ 20 bilhões por ano, em novos recursos para os pequenos negócios no Brasil. Isso significa um crescimento de 10% no mercado de concessão de crédito para as micro e pequenas empresas. Em 2018 esse número alcançou o montante de R$ 208 bilhões.

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), esse resultado deve ser alcançado depois que as primeira mil empresas simples for criadas. Para o ex-presidente nacional do Sebrae e agora assessor especial do Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, a ESC irá democratizar e reduzir o custo do crédito.

“A empresa simples de crédito é aquele indivíduo que, sem autorização nenhuma, porque não precisa de autorização, simplesmente registra uma empresa, que é simples de crédito, e passa a emprestar na sua comunidade, a um juro que vai ser com certeza menor do que é oferecido na região, porque hoje os grandes bancos captam de todos, mas só emprestam para alguns”, disse Afif.

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Apesar disso, as empresas simples de crédito terão regime tributário de empresa convencional, pelo lucro real ou presumido. Dessa forma, não deverão ser enquadradas no regime Simples, que é aplicado somente às micro e pequenas empresas.

CNI

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a criação da Empresa Simples de Crédito ajudará a ampliar o crédito para micro e pequenas empresas. Porém, diz que é preciso avançar em outras áreas e pontos da agenda do setor.

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“Um dos grandes desafios das micro e pequenas empresas, que são as grandes empregadoras no Brasil, é ter acesso a crédito barato. A criação da ESC é um passo fundamental para a continuidade do crescimento das concessões de crédito e para a redução do custo do capital financeiro no país”, diz o presidente em exercício da CNI, Paulo Afonso Ferreira.

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Segundo a CNI, o governo de Bolsonaro necessita caminhar na valorização do Cadastro Positivo, no fortalecimento do mercado de capitais e na crianção do Sistema Nacional de Garantias para financiamentos.

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Renan Dantas

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