O Ibovespa fechou o dia em alta, com os investidores surpreendidos frente a nova pesquisa eleitoral do Ibope que mostrou avanços do líder da corrida eleitoral, Jair Bolsonaro (PSL), enquanto o segundo colocado Fernando Haddad (PT) estagnou. Outro detalhe que chamou atenção foi que o petista mostrou rejeição de 38%, 11 pontos percentuais a mais do que na última amostra.
A valorização da bolsa brasileira foi de 3,78%, a maior alta diária desde novembro de 2016. E o índice fechou com 81.593 pontos o melhor resultado desde agosto. Em contrapartida, o dólar desvalorizou 2,08% cotado a R$ 3,93 na venda.
Pesquisa Eleitoral
Nessa segunda-feira, 1 de outubro, foi divulgado a primeira pesquisa Ibope que antecede a semana das eleições para primeiro turno.
Entre os destaques, o líder da corrida presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), teve um aumento de 4%, indo de 27% para 31% de intenção de votos. Fernando Haddad (PT), que foi o candidato que mais cresceu na semana anterior, ficou estagnado nos 21%.
Ciro Gomes (PDT) teve queda de um 1 ponto percentual, ficando com 11% da intenção de votos. Três a mais que o candidato do Geraldo Alckmin (PSDB), que está com 8% das intenções.
Marina Silva (Rede), com 4%; João Amoêdo (Novo), com 3%; Alvaro Dias (Podemos), 2%; Henrique Meirelles (MDB), 2% e Cabo Daciolo (Patriota), 1%, foram os candidatos que apareceram. O restante não pontuou.
A pesquisa Ibope captou informações de 3010 eleitores, espalhados por mais de 200 municípios, entre sábado(29) e domingo(30).
Outro apontamento que a pesquisa Ibope traz é relacionado ao segundo turno
Haddad e Bolsonaro agora estão tecnicamente empatados, como 42%.
Em um segundo turno entre Geraldo Alckmin e Bolsonaro, também há empate técnico, 42% para Geraldo contra 39% para Jair.
O único candidato que ganha do candidato do PSL no segundo turno é Ciro Gomes. O candidato do PDT possui 45% da intenção de votos, contra 38% de Jair.
Cenário Internacional
As bolsas europeias fecharam o dia em baixa frente as preocupações com o atual cenário de incertezas em relação ao déficit italiano.
Luigi Di Maio, vice primeiro-ministro da Itália, apoiou a postura do governo de coalização de Roma, formado pelo Partido 5 Estrelas e a Liga, de não se intimidar frente as críticas da União Europeia e parceiros de Bruxelas em relação ao aumento da projeção do déficit público do país.
A meta que será de 2,4% é três vezes maior do que a proposta pelo antigo governo, preocupando o mercado financeiro e recebendo críticas da Comissão Europeia que estava segura que a meta não passaria dos 2%.
Além disso, Claudio Bordgi, um parlamentar italiano da Liga, afirmou em entrevista para uma rádio que o país não estaria nesta situação caso Roma tivesse uma moeda própria.
A alegação anti euro não pegou bem nos papéis de Milão. As vendas dos títulos italianos de forma generalizada também assustam o governo, pressionando o juros.
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