O presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou novamente o presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, durante um encontro na manhã desta quinta-feira (4). Sendo assim, as críticas foram em relação as cobranças dos países com base no tratamento brasileiro sobre as questões ambientais.
Bolsonaro falou sobre sua recente ida ao Japão, para o encontro do G-20. Dessa forma, afirmou que Merkel e Macron imaginavam que o novo governo brasileiro era igual aos antigos.
“Esses dois em especial achavam que estavam tratando com governos anteriores, que, após reuniões como essa, vinham pra cá, desmarcavam dezenas de áreas indígenas, desmarcavam quilombolas, ampliavam área de proteção”, disse o presidente.
O presidente brasileiro ainda aproveitou para provocar o PT e o MDB, que lideraram o País nos últimos anos. “Dificultavam cada vez mais nosso progresso aqui no Brasil”, disse o presidente, afirmando que os governos anteriores aceitavam imposições de fora.
Ironizando o pedido de Macron e Merkel, Bolsonaro disse que ao sobrevoar a Europa não avistou nenhuma floresta. “Eu sobrevoei a Europa duas vezes e também lhes disse que não encontrei 1 km quadrado de floresta naquela região”, assegurou.
Aos ruralistas, membros do Congresso, Bolsonaro citou que deu importância ao tema “meio ambiente” desde sua campanha eleitoral. Dessa forma, o presidente da República também disse que desejou unir o ministério do Meio Ambiente e o da Agricultura.
Em tom de elogio, afirmou que a escolha de Ricardo Salles foi muito bem feita. “Tivemos aqui a oportunidade e o bom senso de escolher um ministro que casa a questão ambiental e o desenvolvimento”.
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Acordo entre UE e Mercosul
O acordo entre os dois blocos foi fechado no dia 28 de junho deste ano. Ele pressupõe que 92% das exportações do Mercosul sejam destinadas à União Europeia, isentas de impostos.
O governo francês teme que os efeitos do tratado afetem seu importante setor agrícola. Sendo assim, este âmbito poderia ser afetado pela abundante entrada de produtos sul-americanos no mercado.
O secretário de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse em entrevista ao jornal “BBC News”, que o acordo não traria milagres à economia brasileira. Entretanto, forneceria crescimento.
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