O presidente da República, Jair Bolsonaro, dará posse nesta segunda-feira (7) aos presidentes dos maiores bancos públicos do País.
Serão empossados os presidentes dos seguintes bancos públicos:
- Caixa Econômica Federal
- Banco do Brasil
- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O presidente Jair Bolsonaro já antecipou que quer que eles ajudem a reforçar o orçamento público. O objetivo é vender empresas controladas pelos bancos.
O novo presidente da Caixa será Pedro Guimarães. O executivo já salientou que pretende vender ações de pelo menos duas subsidiárias do banco. Entre elas estaria a Caixa Seguridade. O objetivo é vender, ainda neste ano, as ações das empresas na Bolsa de Valores.
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“A Caixa vai focar nos clientes de menor renda, na parte imobiliária que é exatamente sua grande vantagem comparativa”, afirmou Guimarães.
O economista Rubem Novaes, assumirá a presidência do Banco do Brasil.
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Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda no governo Dilma Rousseff, assumirá a presidência do BNDES. Levy atualmente ocupa o cargo de diretor do Banco Mundial, em Washington.
Próxima reunião ministerial
Na próxima terça-feira (8), Bolsonaro vai fazer a segunda reunião ministerial de seu governo. A expectativa é de que os ministros apresentem o resultado da avaliação sobre normas burocráticas que podem ser revogadas para dar mais eficiência aos trabalhos do Executivo.
A grande expectativa do mercado é em relação ao anúncio de medidas sobre a reforma da Previdência. A equipe econômica vai apresentar a proposta final de reforma ao presidente Bolsonaro ainda nesta semana.
Segundo os analistas, o governo não pode demorar muito para apresentar medidas concretas para a economia. Principalmente em relação à reforma da Previdência social. Esta é a questão mais importante para começar a colocar em dia as contas públicas do País.
Para os especialistas, o governo deve dar clareza sobre quais estatais serão envolvidas nos projetos de privatização. Além disso, segundo eles o ministro da Economia, Paulo Guedes, deveria aproveitar a fase de “lua de mel” com o eleitorado. Isso porque no momento de forte apoio popular do começo do mandato o Congresso tende a ser mais receptivo a medidas ousadas. A legitimidade que o presidente obteve nas urnas poderia ser fundamental para aprovar as mudanças nas regras da aposentadoria. Isso permitiria de frear o crescimento da dívida pública, que já está na casa de quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB).
Todavia, a reforma da Previdência e as privatizações de estatais, como os bancos públicos, não são as únicas questões que o governo deverá enfrentar. A retomada do crescimento econômico do Brasil pressupõe a recuperação da produtividade, estagnada há mais de 20 anos. E para isso seria necessária, entre outras coisas, que o governo de Jair Bolsonaro leve adiante uma reforma tributária profunda.