O presidente Jair Bolsonaro jantará nesta quarta-feira (10) com embaixadores muçulmanos, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em Brasília. O objetivo é fortalecer parcerias comercias entre o agronegócio brasileiro e os países do mundo islâmicos.
Este encontro ocorre dias após a visita de Bolsonaro à Israel, quando anunciou a abertura de um escritório de negócio do Brasil em Jerusalém. Esse escritório engloba as áreas de:
- Comércio;
- Ciência;
- Tecnologia;
- Inovação;
- Economia.
De acordo com o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Zeben, a medida é desnecessária.
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Além da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o presidente da CNA, João Martins, a previsão é de que 51 embaixadores estejam presentes no encontro.
De acordo com Tereza Cristina, os muçulmanos são grandes compradores de milho, soja e proteína animal. O intuito do Brasil é continuar com essa parceria.
“O Brasil continua sendo o melhor parceiro que vocês poderiam ter (países muçulmanos). Então, espero que todos esses que confirmaram estejam lá” declarou a ministra.
Entenda a relação entre o Brasil e países muçulmanos
No inicio do ano a Arábia Saudita, a maior importadora de frango do Brasil, desabilitou cinco frigoríficos brasileiros exportadores de sua lista. Depois dessa decisão, restaram somente 25 empresas devidamente habilitadas à exportar.
Saiba Mais: Bolsonaro afirma que relações com Israel não trazem riscos
De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo” a suspeita era de que essa ação foi um resposta à transferência da embaixada, dito por Bolsonaro ano passado. No entanto, o presidente em sua última visita a Israel, anunciou que abriria apenas um escritório de representação comercial em Jerusalém.
De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), o volume exportado de carne de frango recuou em 7,6% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado.
Na última sexta-feira (5), Bolsonaro afirmou que não quer problema com a Palestina. “Vamos continuar fazendo negócio com a Palestina, vamos ampliar até”.