Bolsonaro admite possibilidade de desistir da indicação de seu filho à embaixada
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (20) que há possibilidade de desistência da indicação de seu filho, Eduardo Bolsonaro, para cargo de embaixador dos Estados Unidos.
O mandatário disse, aos jornalistas no Palácio da Alvorada, que não quer submeter seu filho a um “fracasso”. De acordo com Bolsonaro, dos 81 senadores, faltariam sete votos para que a indicação fosse aprovada.
“Eu não quero submeter o meu filho ao fracasso. Eu acho que ele tem competência. Tudo pode acontecer, prezado companheiro. A gente pode estar morando junto, amanhã pode acontecer”, disse o presidente da República.
MPF entra com ação contra indicação de Eduardo Bolsonaro
O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública para suspender a indicação do filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro, na embaixada dos Estados Unidos.
De acordo com o MPF, é necessário avaliar as competências técnicas de Eduardo para o cargo. Dessa forma, ação proposta à Justiça de Brasília tem como foco a análise desses critérios.
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“Não pode ser qualquer mérito ou qualquer serviço a justificar a indicação do cargo, mas sim méritos e serviços relacionados à função que se irá exercer”, informou o documento.
Além disso, o MPF ressalta a importância do cargo, conforme o órgão, é o mais importante posto da diplomacia brasileira.
Oposição possui estratégias para impedir indicação
A oposição afirma que possui estratégias para impedir que o filho de Bolsonaro assuma a posição de embaixador dos Estados Unidos.
“A oposição vai fazer perguntas tradicionais para a carreira diplomática, da prova do Itamaraty, a mais difícil do serviço público brasileiro. Esperamos que ele esteja preparado”, disse o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues.
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O vice-presidente da comissão, Marcos do Val, acredita que a indicação de Eduardo é nepotismo.
“Não sou favorável [a indicação de Eduardo Bolsonaro]. Tem os profissionais que dedicam sua carreira a isso. Não vejo de forma nem um pouco positiva. Os filhos não podem ter este protagonismo que estão tendo poque você confunde. É a família que está no comando do governo federal?”, disse Val.