Indicação de Eduardo à embaixada está mantida, diz Bolsonaro
O presidente da República, Jair Bolsonaro, volta atrás de sua declaração sobre a possibilidade de desistência da indicação de seu filho à embaixada dos Estados Unidos e afirma que a indicação está mantida.
“Ele vai ser apresentado ao Senado. Vai ser. Não tem recuo. É o momento certo. Eduardo [Bolsonaro] está estudando, está se preparando”, disse o mandatário aos jornalistas no Palácio da Alvorada.
Além disso, Bolsonaro disse que o momento de apresentação será decisão de seu filho, conforme o presidente, sua única função é “usar a caneta Bic” para assinar a indicação.
Questionado sobre a data especifica, o presidente disse “talvez setembro, após a Semana da Pátria. Essa pergunta tem de fazer ao Eduardo, ele que vai sentir o timing. Apenas vou usar a caneta Bic”.
Na última terça-feira (20), o presidente tinha afirmado que havia possibilidade de desistência da indicação de Eduardo ao cargo de embaixador pois não queria submetê-lo ao fracasso.
“Eu não quero submeter o meu filho ao fracasso. Eu acho que ele tem competência. Tudo pode acontecer, prezado companheiro. A gente pode estar morando junto, amanhã pode acontecer”, disse o mandatário.
Além disso, de acordo com Bolsonaro, dos 81 senadores, faltariam sete votos para que a indicação fosse aprovada. Dessa forma, Eduardo pretende intensificar encontros reservados com senadores indecisos.
Oposição possui estratégias para impedir Eduardo Bolsonaro
Os opositores à indicação do filho do presidente possuem estratégias, como perguntas difíceis da prova do Itamaraty, para impedi-lo de assumir a posição de embaixador dos EUA.
“A oposição vai fazer perguntas tradicionais para a carreira diplomática, da prova do Itamaraty, a mais difícil do serviço público brasileiro. Esperamos que ele esteja preparado”, disse o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues.
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O vice-presidente da comissão, Marcos do Val, acredita que a indicação de Eduardo é nepotismo.
“Não sou favorável [a indicação de Eduardo Bolsonaro]. Tem os profissionais que dedicam sua carreira a isso. Não vejo de forma nem um pouco positiva. Os filhos não podem ter este protagonismo que estão tendo poque você confunde. É a família que está no comando do governo federal?”, disse Val.