Bolsonaro diz que BB, Caixa e Casa da Moeda não serão privatizados em seu governo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Banco do Brasil (BBSA3), a Caixa Econômica Federal e a Casa da Moeda não serão privatizados em seu governo. A afirmação foi feita na última quinta-feira (18) durante sua tradicional live semanal. O mandatário afirmou que não está “segurando privatizações” e que qualquer processo é “demorado”.

“Não justifica a mídia falar que estou segurando, que o governo está segurando as privatizações. Tem muita coisa que dá prejuízo, você tem que privatizar. Até se entregar de graça é vantajoso se está dando prejuízo. Também nós entendemos que tudo aquilo que a iniciativa privada pode fazer, a gente vai abrir mão disso aí, esse é o nosso pensamento”, disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que não interferiu ao retirar a Casa da Moeda do plano de privatizações do governo, que apenas exerceu um direito seu. Segundo ele, as funções da estatal, como a fabricação de passaportes e de papel moeda, são de “segurança nacional”.

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“O pessoal fala em interferir. Exerci um direito meu, não é interferência, é um direito meu. Afinal de contas, se eu nomeio os ministros, no caso o Paulo Guedes dá posse aos presidentes de bancos estatais. A Casa da Moeda eu achei que não era o caso, tendo em vista informações que eu tive de outros países que a privatizaram e depois voltaram atrás.”

Governo de Bolsonaro volta a prometer privatizações de ‘grandes empresas’ em até 60 dias

O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu, novamente, no mês passado, privatizações de três ou quatro grandes companhias nos próximos 30 a 60 dias.

A declaração de Guedes aconteceu durante uma live promovida pela Fundación Internacional para la Libertad, uma ONG espanhola. O ministro afirmou acreditar que o Congresso dará seu apoio às privatizações, complementando que o presidente Jair Bolsonaro concorda com as operações.

Trata-se da terceira vez que Guedes promete grandes privatizações em até três meses. No dia 5 de julho, em entrevista ao jornal “CNN Brasil”, o ministro afirmou que até os próximos “três meses” o governo fará quatro ou três “grandes privatizações”.

O líder da pasta econômica, sem detalhar quais empresas estão no plano de desestatização, mencionou que 2020 seria um “excelente ano” para realizar uma oferta pública (IPO) das subsidiárias da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 20 bilhões a R$ 50 bilhões, “bem maior até” que uma Eletrobras (ELET5).

Além disso, Guedes acrescentou que “seguramente” os Correios estão na lista de privatizações, no entanto, não disse quando aconteceria. Apesar da pandemia do novo coronavírus (covid-19), a equipe da pasta econômica, de acordo com o ministro, não perdeu o rumo fiscal e classificou o Brasil na fase de descentralização de recursos.

Para Guedes, o Brasil ainda vai surpreender os investidores estrangeiros com projetos nas áreas de saneamento, cabotagem, elétrica, concessões e privatizações.

Em maio, após o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercado, Salim Matar, comunicar que o governo havia abandonado a meta de privatizações, Guedes afirmou que as desestatizações das grandes companhias aconteceriam no segundo semestre.

“Fizemos um levantamento de 159 empresas e subsidiárias que podem ser privatizadas. Em vez de fazer de todas, vamos escolher três ou quatro grandes empresas para privatizar no segundo semestre”, essa declaração aconteceu exatamente no dia nove de maio.

É válido relembrar que durante a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Economia, Guedes, apontava para a meta de atingir R$ 1 trilhão somente por meio de privatizações.

Com informações do Estadão Conteúdo.

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Poliana Santos

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