O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (23) que a responsabilidade pela reforma da Previdência está, neste momento, com o Parlamento brasileiro.
O presidente falou do Chile, onde se encontra em visita oficial desde a última quinta-feira (21). Além da reforma da Previdência social, Bolsonaro disse também que algumas pessoas “não querem largar a velha política” no Brasil.
Saiba mais: Secretário da Previdência diz que aprovação da PEC será mais difícil
“Temos preocupações, sim, com as discussões que ocorrem por ocasião da reforma da Previdência e queremos aprová-la. Entendemos que é o único caminho que temos para alavancar o Brasil juntamente com outros países da América do Sul para o lugar de destaque que nós merecemos estar”, afirmou Bolsonaro.
Para o presidente, a responsabilidade no momento pela reforma da Previdência está no Congresso brasileiro. “Eu confio na maioria dos parlamentares que essa não é uma questão de governo, mas sim uma questão de Estado. É uma questão para nós, no Brasil, não enfrentarmos situações que outros países enfrentaram, como na Europa”, explicou mandatário.
Bolsonaro se encontrou com seu homólogo chileno, Sebastian Piñera e com empresários no Chile. O presidente participou de um evento, organizado pela Sociedade Fabril do Chile, no qual declarou que “infelizmente” no Brasil há algumas pessoas que “não querem largar a velha política”.
“Alguns, não são todos, não querem largar a velha politica, que infelizmente nos colocou nesta situação bastante crítica em que nos encontramos”, explicou Bolsonaro. O presidente salientou também que, mesmo estando “calado” e viajando fora do Brasil, no País estão ocorrendo atritos políticos.
Saiba mais: Bolsonaro faz reunião para definir reforma na previdência de militares
Entretanto, Bolsonaro disse acreditar que o Congresso vai aprovar reformas que permitirão ao Brasil de reequilibrar suas contas públicas. O presidente explicou ao participantes do evento empresarial a situação de endividamento da União e dos estados. “É uma dívida bastante grande. Gastamos meio trilhão com juros”, afirmou o mandatário, “Dada essa situação que nos encontramos, acreditamos que o parlamento vai aprovar as reformas. Obviamente com algumas alterações mas ao meu entender serão suficientes”.
Reclamações de Maia e parlamentares
As declarações de Bolsonaro chegam após várias semanas em que o governo está sendo alvo de reclamações de parlamentares. Os congressistas alegam falta de diálogo por parte do Executivo com o Legislativo. Ele também estão cobrando o preenchimento de cargos de terceiro escalão. Posições geralmente ocupadas por pessoas indicadas por aliados.
Saiba mais: Reforma da Previdência: CCJ pode votar parecer no dia 3
Também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, entrou em rota de colisão com o governo. Ele chegou a afirmar que o Executivo precisa se envolver mais nas negociações para aprovação da reforma da Previdência. E que Bolsonaro precisa trabalhar mais em favor da reforma, e permanecer menos nas redes sociais.