O presidente Jair Bolsonaro cancelou repentinamente uma entrevista coletiva que daria a jornalistas nesta quarta (23) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Sua assessoria alegou que o cancelamento se deu em razão de “comportamento anti-profissional da imprensa” no evento.
A equipe do Fórum Econômico Mundial foi pega de surpresa e ainda tentava entender o ocorrido. Jornalistas brasileiros e estrangeiros já estavam à espera de Bolsonaro no local preparado para a coletiva.
Momentos antes, Jair Bolsonaro havia se reunido com o presidente da Suíça, Ueli Mauer, e com o ex-premiê britânico Tony Blair após o almoço. Em vez de ir à coletiva, ele tomou o caminho de volta para o hotel sem avisar a organização do encontro.
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O presidente falaria com jornalistas junto do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Nenhum deles compareceu, pela mesma justificativa.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, no entanto, deu outra explicação para o cancelamento de última hora de Bolsonaro. Ela disse que “a agenda intensa o obrigou a voltar para o hotel e descansar um pouco”. O Planalto negou que a coletiva tenha sido cancelada por causa de comportamentos inapropriados da imprensa.
É incomum que um chefe de Estado não dê entrevista coletiva no Fórum Econômico Mundial. O evento é considerado uma vitrine para investidores de todo o mundo.
Questionamentos envolvendo Flávio Bolsonaro
Na manhã desta quarta (23), Bolsonaro afirmou à agência Bloomberg que caso seu filho Flávio Bolsonaro fosse culpado no caso envolvendo movimentações suspeitas em sua conta, ele pagaria por isso. A imprensa brasileira tem, desde então, tentado falar com o presidente sobre o caso.
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