Na quinta feira (12), o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro indicou Bruno Serra Fernandes para a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC). A indicação ocorreu após pedido de publicação do decreto de exoneração do ex-diretor Reinaldo Le Grazie, feito por razões pessoais.
O governo Bolsonaro também designou João Manoel Pinho de Mello para tornar-se diretor da Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC. Sidnei Corrêa Marques, o ex-diretor, também pediu a saída do cargo. Os decretos de exoneração foram publicados pelo presidente da república Michel Temer.
Até que os novos nomes assumam os cargos em 2019, Carlos Viana de Carvalho, atual diretor de Política Econômica do BC assumirá a Política Monetária.
Assim, Tiago Couto Berriel, diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, ficará encarregado também de Política Econômica.
Sidnei Corrêa permanecerá em seu cargo até que Pinho de Mello seja oficialmente nomeado.
Saiba mais – Presidente do BC do governo Bolsonaro é anunciado
Bruno Serra Fernandes
- atualmente é responsável pela mesa de renda fixa proprietária do Banco Itaú Unibanco;
- formado pelo Ibmec e com mestrado em Economia pela USP;
- trabalhou no BankBoston como estrategista de renda fixa e gestor de recursos para fundos multimercados.
João Manoel Pinho de Mello
- é professor titular do Insper;
- formado em administração pública, com mestrado em Economia pela PUC-Rio e PhD em Economia pela Universidade de Stanford;
- foi secretário de Promoção da Produtividade de Advocacia da Concorrência;
- também foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda;
- destaque para empenho em microeconomia no BC; se engajou em temas como cadastro positivo, distrato imobiliário, duplicata eletrônica, reforma da Lei de Recuperação Judicial, etc.
Apesar da indicação do governo Bolsonaro, os nomes de ambos terão que passar pela aprovação do Senado Federal. Do mesmo modo, Roberto Campos Neto, que foi indicado para a presidência do BC, também necessitará de consentimento do Senado para efetivar sua atuação.