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Bolsonaro nega ‘aventura na economia’ e fala que não furará teto

Bolsonaro faz balanço do governo e afirma não apoiar confrontos. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Bolsonaro faz balanço do governo e afirma não apoiar confrontos. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PL) negou nesta quarta-feira, 16, que o governo federal esteja tentando furar o teto de gastos. “Não temos por que fazer qualquer aventura (na economia), depois de 3 anos”, afirmou, em entrevista à Radio Jovem Pan.

A fala de Bolsonaro é uma resposta a críticas feitas por especialistas e por setores do mercado financeiro de que a gestão estaria abandonando o discurso de austeridade fiscal.

A avaliação é de que o Executivo tem patrocinado projetos de lei que autorizam o governo a gastar, como a PEC dos Precatórios. O objetivo seria impulsionar a reeleição de Bolsonaro, em segundo lugar nas pesquisas.

Ao falar sobre as realizações da gestão, o presidente colocou na sua conta medidas tomadas pelo Banco Central, que hoje tem autonomia em relação ao Executivo.

Bolsonaro elencou o Pix e o Sistema Valores a Receber, que devolve a clientes dinheiro esquecido em bancos, como ações de governo.

O presidente também falou sobre a tragédia das chuvas em Petrópolis (RJ), que deixaram ao menos 94 pessoas mortas. Ele anunciou que vai editar uma Medida Provisória para liberar recursos ao município. Os detalhes devem ser anunciados pelo governo nos próximos dias.

Bolsonaro sobre reajuste a policiais

O presidente Jair Bolsonaro também afirmou nesta quarta, na Jovem Pan, que o limite para definir se haverá ou não reajuste a policiais é até maio.

“Havíamos reservado uma parcela para reajuste desses servidores para reestruturar a carreira, houve uma grita geral e o limite é maio para dar ou não esse reajuste. Outros ameaçam parar o Brasil e aí eu lamento, porque os policiais vão ter que esperar até o ano que vem”, declarou o presidente.

O governo Bolsonaro tem feito vários acenos a policiais, em uma tentativa de manter o apoio de parte importante de sua base eleitoral. “Por que não podemos ajudar uma categoria? Por todos tem que ser prejudicados?”, questionou.

Aprovado no final do ano passado pelo Congresso, o Orçamento deste ano incluiu na versão final uma reserva de recursos de R$ 2 bilhões para aumento aos servidores.

Apesar de a verba não ser carimbada a nenhuma categoria em específico, Bolsonaro sempre deixou evidente que o valor seria destinado a reajuste para policiais federais, rodoviários federais e agentes penitenciários.

A seletividade gerou um efeito cascata em outras categorias, que também reivindicam correção de seus salários. Uma greve geral de funcionários não é descartada.

Diante desta possibilidade, Bolsonaro afirmou que, “se não tiver clima” para aumento aos policiais, a categoria terá que esperar até o ano que vem.

Com informações do Estadão Conteúdo

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