O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), afirmou que nesta terça-feira (15) deve assinar a medida provisória (MP) “de 20 bilhões de reais para comprar vacinas”. A declaração sobre a vacina foi feita em uma conversa com apoiadores na noite da última segunda-feira (14), no Palácio da Alvorada.
Vale lembrar que o governo brasileiro está tentando negociar com fabricantes da vacina, como a Pfizer, a compra de doses, além do acordo com a AstraZeneca e a Oxford.
O imunizante da Pfizer já está sendo usado nos Estados Unidos e no Reino Unido, enquanto o produto da AstraZeneca ainda está e fase de testes clínicos.
Na noite de ontem, Bolsonaro ainda defendeu que a vacinação contra o novo coronavírus não deve ser obrigatória. “E detalhe, não obrigatória, vocês vão ter que assinar um termo de responsabilidade para tomar [a vacina]. Porque a Pfizer, por exemplo, é bem clara no contrato: ‘nós não nos responsabilizamos por efeitos colaterais'”, declarou o presidente. “Tem gente que quer tomar, então tome. A responsabilidade é tua. Quer tomar, toma. Se der algum problema por aí… Espero que não dê”, completou ele.
O político ainda salientou que “para quem está bem fisicamente não tem que ter muita preocupação. Agora, a preocupação é idoso, quem tem doença, pessoal gordinho também”.
Parcela da população não pretende tomar a vacina
Na contramão de outros líderes, como por exemplo a rainha da Inglaterra, Elizabeth, Bolsonaro, que já teve coronavírus, afirmou que não irá tomar a vacina.
O número de pessoas que não pretendem se vacinar contra a Covid-19 vem aumentando. De acordo com uma pesquisa feita pelo Datafolha, divulgado no último domingo (13), 22% dos entrevistados não pretendem tomar o imunizante, ao passo que em agosto, apenas 9% não pretendiam tomar a vacina.
