Bolsonaro anuncia Peixoto e diz que privatização depende do Congresso
O general Floriano Peixoto deixou o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência para assumir os Correios. Sendo assim, a partir de segunda-feira (24), o general irá tomar à frente da estatal.
Após o anúncio no Planalto, Floriano Peixoto disse que trabalhará para consolidar os indicadores financeiros dos Correios. Entretanto, o novo presidente da estatal evitou falar em privatização.
O novo presidente da estatal tentou driblar a imprensa, quando perguntado sobre privatização. “Como isso acontecerá, cabe ao presidente da República. Minha missão é continuar a desenvolver a empresa”.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), defensor da privatização dos Correios, afirmou nesta sexta-feira (21) que a venda da estatal não depende só da vontade do Planalto. Sendo assim, é necessário a aprovação do Congresso Nacional. Bolsonaro assegurou que o general Floriano Peixoto assume a empresa a partir de segunda-feira.
“Não depende da gente, depende do Congresso. Está no radar, mas o trabalho de Peixoto é recuperar os Correios”, disse Bolsonaro sobre a privatização da estatal.
O presidente disse ainda que, dentre as tarefas do general à frente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), estaria até mesmo tentar diminuir e reverter o rombo do fundo de pensão dos funcionários da estatal. “Tentaremos suprir o que foi retirado dos funcionários dos Correios nas péssimas administrações passadas”, finalizou Bolsonaro.
O general Floriano Peixoto esclareceu que sua saída da Secretaria-Geral da Presidência não aconteceu por motivo de desentendimentos. Com isso, disse que tudo foi por comum acordo com Bolsonaro. “Presidir os Correios me enche de satisfação, pelo grau de confiança do presidente”, comunicou.
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Privatização
A intenção de privatizar os Correios faz parte do plano de desestatização do governo Bolsonaro. Isso porque a equipe econômica do Executivo, chefiada por Paulo Guedes, já anunciou que pretende entregar, à iniciativa privada, boa parte de empresas e participações em companhias do governo.
Demissão do general Juarez Aparecido da Cunha
O ex-presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, anunciou pela conta do twitter sua saída da estatal, na última quarta-feira (19).
Na sexta-feira (14) o presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia dito que iria demitir o presidente dos Correios pelo seu comportamento de “sindicalista”.
O general Floriano Peixoto revelou que as conversas para assumir a estatal começaram ainda na semana passada. Mesmo assim, não quis comentar muito sobre as causas que levaram o afastamento do ex-presidente dos Correios. “A saída do general Juarez é questão entre ele e o presidente da República”, analisou Peixoto.