Bolsonaro: aceitaria conversar com Maduro para alcançar solução
O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira (28) que aceitaria conversar com o presidente da Venezuela, NicolásMaduro. O mandatário brasileiro explicou que encontraria seu homólogo venezuelano para tentar encontrar uma solução a crise no país vizinho.
Entretanto, Bolsonaro disse que negociaria com Maduro somente no caso em que ele esteja disposto a tratar do restabelecimento da democracia na Venezuela.
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O presidente brasileiro explicou essa intenção para um grupo de jornalistas recebidos no Palácio do Planalto. No encontro não foi autorizada a gravação.
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Guaidó no Brasil
Na tarde desta quinta-feira, Bolsonaro receberá o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó. O oposicionista, presidente da Assembleia Nacional venezuelana, chegou ao Brasil na madrugada vindo da Colômbia.
O encontro é classificado como uma visita pessoal e não de Estado. Guaidó agradecerá Bolsonaro pelo apoio na tentativa de levar ajuda humanitária na Venezuela. Além disso, os dois tratarão de uma possível transição política no país.
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Guaidó também será recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, no Palácio do Itamaraty. Está previsto um pronunciamento à imprensa brasileira.
De acordo com o jornal El Nacional, além do Brasil, Guaidó pretende visitar vários países para tratar da crise venezuelana. O autoproclamado presidente considera três hipóteses:
- Enfrentar o regime de Maduro entrando por Maiquetía. “Se algo acontecer comigo, a reação internacional seria imensa”, declarou na Colômbia;
- Voltar à Venezuela como entrou, por trilhas clandestinas da fronteira entre Venezuela e Colômbia, na região de Cúcuta. Essa alternativa é considerada perigosa, pois muitos guerrilheiros, coletivos e forças de segurança do chavismo na região;
- Entrar pela fronteira brasileira.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse na última terça (26) que a saída do ditador venezuelano Nicolás Maduro depende de pressões diplomáticas. O vice-presidente excluiu qualquer hipótese de intervenção militar no país vizinho.
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Segundo Mourão, haverá mais negociação para que o ditador da Venezuela deixe o poder. “O governo vai continuar naquilo que nós já colocamos. A nossa posição é usar a diplomacia como método, e as pressões políticas e econômicas necessárias até que o senhor Nicolás Maduro compreenda que é hora de ele se retirar”, disse o vice-presidente.