As bolsas no exterior fecharam a última semana de novembro em alta, mesmo com temor pela segunda onda de coronavírus (Covid-19).
Durante esta semana, as bolsas no exterior, ficaram de olho no avanço das vacinas contra o coronavírus, mas permaneceram atentas quanto a segunda onda da doença.
Embora três imunizantes — de Moderna, AstraZeneca e Pfizer — estejam em estágios avançados, ainda há certa cautela, uma vez que o número de infecções continua a aumentar nos Estados Unidos e Europa.
No entanto, a espera por um imunizante sustentou o otimismo dos investidores, que projetam a volta da normalidade na atividade econômica em todo o mundo.
S&P 500, Dow Jones e Nasdaq fecham a semana no azul
Toda última quinta-feira de novembro o mercado já sabe: feriado de Thanksgiving nos Estados Unidos e nada de S&P 500, Dow Jones, Nasdaq ou qualquer índice de mercado. Mas mesmo sem operar por um dia, os principais índices acionários dos Estados Unidos encerram a semana no azul. Confira:
- Nova York (S&P 500): + 2,27%
- Nova York (DJIA): + 2,21%
- Nova York (Nasdaq Composite): +2,96%
As bolsas norte-americanas ganharam impulso após o jornal The Wall Street Journal publicar reportagem informando que o presidente eleito dos Estados Unidos Joe Biden deve indicar a ex-presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, para o cargo de secretária do Tesouro, citando pessoas familiarizadas com o assunto.
No entanto, na quarta-feira (25), o bom humor cedeu um pouco de espaço à cautela por parte dos investidores. “A recuperação está intacta e o mundo provavelmente reabrirá no [segundo semestre de 2021], mas já existe muito otimismo na vacina / recuperação”, avaliou o Bank of America, segundo informações do Yahoo Finance. “Risco de execução de vacinas, estímulo fiscal atrasado e bloqueios mais longos são riscos.”
Além disso, o mercado estadunidense seguiu a semana de olho no número de pedidos de seguro-desemprego, que subiu de 742 mil na semana passada para 778 mil no sete dias encerrados em 21 de novembro.
Bolsas na Europa
Assim como o restante das bolsas no exterior, as bolsas no continente europeu também encerraram a semana com alta.
- Europa (Stoxx 600 Europe): +0,93%
- Londres (FTSE 100): +0,25%
- Frankfurt (DAX 30): +1,51%
- Paris (CAC 40): + 1,86%
- Milão (FTSE/MIB): +2,97%
Apesar do resultado positivo, as bolsas na Europa também ficam de olho na economia do Velho Continente, que tem sido impactada mais uma vez pela pandemia nas últimas semanas.
A IHS Markit divulgou no início da semana um relatório sobre as projeções econômicas para a zona do euro. De acordo com os dados, o Produto Interno Bruto (PIB) da região deverá sofrer contrações no quarto trimestre deste ano.
Já na manhã de terça-feira, a Alemanha, maior potência da região, revisou seu PIB do terceiro trimestre e elevou a alta do período. Frente a um resultado de 8,2%, divulgado em outubro, o escritório de estatísticas Destatis disse que a economia alemã avançou 8,5% entre julho e setembro.
Em relação a pandemia na Alemanha, a premiê Angela Merkel disse que o lockdown parcial estabelecido no país não se encerrará no final deste mês, como planejado inicialmente, mas será ampliado até o dia 20 de dezembro, sendo possivelmente prorrogado até o início do ano que vem.
Além disso os mercados europeus estiveram atentos à declaração do economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, destacando que o impacto macroeconômico da pandemia “provavelmente persistirá” mesmo depois que as condições de saúde melhorarem com a aprovação e distribuição de vacinas.
Seguindo as demais bolsas no exterior, bolsas asiáticas fecham positivas
- Hong Kong (Hang Seng): + 1,68%
- Xangai (SSE Composite): +0,91%
- Tóquio (Nikkei 225): +4,38%
- Seul (Kospi): + 3,13%
Seguindo o otimismo das demais bolsas no exterior por uma vacina contra o novo coronavírus, as bolsas na Ásia fecharam a última semana do mês no azul.
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