Bolsas na Ásia fecham em baixa; Entenda o principal fator da queda
As bolsas na Ásia fecharam esta terça-feira (5) em queda predominante. A principal causa do derretimento dos mercados acionários foram os dados negativos do índice de gerente de compras (do inglês, PMI) da China. Enquanto isso, o Banco Central da Austrália segurou a taxa básica de juros em 4,10%.
O PMI, ou Purchasing Manager’s Index, é um indicador que mede a atividade econômica de um país a partir de pesquisas mensais realizadas por uma empresa privada. No caso da China, os dados são da S&P Global com a Caixin Insight Group.
Para o mês de agosto, em comparação com julho, houve um recuo de 2,3 (de 54 para 51,8). O valor representa o mais baixo em oito meses, desde janeiro.
Apesar dos recuos, a manutenção acima do nível de 50 (ponto de contração na atividade) indicam que a atividade econômica da China segue em território de expansão.
O PMI composto chinês, que engloba serviços e indústria, caiu de 51,9 para 51,7 no mesmo período. O número também atinge o seu patamar mais baixo desde janeiro deste ano. Ponto positivo: em agosto, a indústria de transformação apresentou sinais de recuperação que não vinham sido observado anteriormente.
O banco americano Goldman Sachs avaliava que a atividade no setor de serviços chinês continuava a melhorar, mas em ritmo bem mais lento. Na avaliação da S&P Global, o volume ainda fraco de novos negócios globais pode ser uma das influências no ritmo mais devagar do indicador.
Com o resultado, as bolsas na China foram todas no mesmo sentido de queda.
- A Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,71%, a 3.154,37 pontos;
- Shenzhen, de menor abrangência, caiu 0,58%, a 2.060,92 pontos;
- Nas ações em Xangai, China Vanke caiu 1,1%; China Merchants Shekou Industrial Zone Holdings, 2,7% e China Life Insurance, 2,4%.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve uma queda de 2,06%, encerrando o dia em 18.456,91 pontos. A divulgação do PMI chinês aumentou a cautela em relação à economia do país, afetando particularmente as ações de incorporadoras e do setor de tecnologia. Empresas como Seazen Group registraram uma queda de 3,3%, enquanto Longfor Group caiu 4,4%.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi apresentou uma leve queda de 0,09% em Seul, fechando em 2.582,18 pontos. Ações de transporte naval e do setor de viagens estiveram entre as baixas, com Hanwha Ocean perdendo 1,8% e Lotte Tour Development caindo 2,2%.
Em Taiwan, o índice Taiex encerrou o dia com uma alta de 0,01%, atingindo 16.791,61 pontos, recuperando-se no final da sessão.
Na Oceania, em Sydney, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,06%, atingindo 7.314,30 pontos. Ações em destaque incluíram:
- Northern Star: -3,7%;
- Origin Energy: -2,9%;
- Qantas: -0,2%.
O Banco Central da Austrália manteve sua taxa básica de juros em 4,1%, projetando uma desaceleração na inflação, embora ainda em níveis “demasiadamente elevados” por algum tempo.
Na queda das Bolsas na Ásia, Japão é exceção
No entanto, a Bolsa de Tóquio foi uma exceção entre as bolsas orientais, com o índice Nikkei fechando em alta de 0,30%, em 33.036,76 pontos.
Ações de exportadoras japonesas foram impulsionadas pelo enfraquecimento do iene ante o dólar. Setores como o imobiliário e o eletrônico também apresentaram um desempenho positivo, com Sumitomo Realty & Development avançando 3,1% e Olympus subindo 1,9%.
Assim, Tóquio conseguiu fechar em alta, puxada pela continuidade da desvalorização do iene ante o dólar e na contramão das demais Bolsas na Ásia.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo.