As bolsas mundiais operam em forte queda nesta quarta-feira (29). Os investidores indicam que, após a abertura dos mercados em Nova York, o movimento será de venda frente aos temores pelo avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Hemisfério Norte. Os novos bloqueios de contenção à doença também impactaram as bolsas europeias, que atingiram o menor patamar em cinco meses.
Por volta das 7h15, os mercados futuros de Nova York, a exemplo das bolsas mundiais, operavam no vermelho. O S&P 500 futuro apresentava uma baixa de 1,29%, para 3.340,12 pontos, enquanto o índice da Nasdaq apresentava um recuo de 0,98%, atingindo 11.474,00 pontos. Os futuros de Dow Jones caíam 1,54%, para 26.943,0 pontos.
Os investidores estadunidenses mostram-se mais pessimistas por uma série de incertezas. O principal deles, o agravamento da situação do coronavírus no país. Na última terça-feira (27), os Estados Unidos registraram novos 73.200 casos, segundo dados da Universidade John Hopkins.
As medidas restritivas, não somente nos Estados Unidos mas como na Europa também, podem influenciar a frágil tentativa de recuperação econômica das maiores potências do planeta.
O índice Stoxx Europe 600 caiu 2,5% depois que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, propôs fechar bares e restaurantes por um mês para estancar a disseminação do vírus. Os mercados europeus observaram um forte movimento de venda em ações de empresas de viagens e des bancos.
Por volta das 7h25, o DAX 30, índice alemão, operava com uma queda de 0,64%, a 38.001,31 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava -2,29%, para 4.622,25 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava uma baixa de 1,28%, para 5.655,39 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma queda de 2,60%, a 18.173,50 pontos. Enquanto isso, a Espanha recua 1,54%. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, caía 2,34%, para 2.998,86 pontos.
Dois fatores também mexem com os investidores globais: as eleições presidenciais norte-americanas da próxima terça-feira (3), com o receio por uma possível demora na contagem dos votos e o precedente que isso pode abrir para uma tensão política, além da indefinição sobre o novo pacote de estímulos econômicos à famílias e empresas nos Estados Unidos.
No último fim de semana, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse à CNN que esperava mais respostas no início desta semana. Ela, no entanto, afirmou que recai sobre o presidente Donald Trump a responsabilidade de levar adiante as conversas.
Nas últimas semanas, as atenções foram voltadas às negociações dos democratas junto a Casa Branca, liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. A aproximação das eleições, entretanto, arrefecem a expectativa de um novo pacote, avaliado em US$ 1,9 trilhão.
Na Ásia, porém, os mercados fecharam de forma mista. A bolsa de Xangai, a SSE Composite, subiu 0,46%, a 3.269,24 pontos. A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou o pregão em queda de 0,29%.
O principal índice de Hong Kong, Hang Sang, recuou 0,32%, para 24.708,80 pontos. Já a KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +0,62%.
Confira o desempenho dos mercados por volta das 7h35:
- S&P 500 futuro: -1,33%
- Nasdaq futuro: -1,05%
- DAX 30: -2,76%
- FTSE 100: -1,43%
- Euro Stoxx 50: -2,50%
- SSE Composite: +0,46%
- Nikkei 225: -0,29%
Os mercados futuros e bolsas mundiais continuam de olho nas incertezas causadas não somente pela pandemia, mas também pelas tensões globais acentuadas por ela, embora dados recentes tenham demonstrado certa recuperação da atividade econômica internacional.