As bolsas mundiais operam no azul pelo segundo dia consecutivo após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que seus assessores colaborariam com a transição do governo para Joe Biden, presidente eleito na eleição do início deste mês. O mercado enxerga a notícia de forma positiva, amenizando as incertezas levantadas por Trump durante todo o processo eleitoral.
Por volta das 8h, assim como a maior parte das bolsas mundiais, o S&P 500 futuro subia 0,80%, para 3.604,38 pontos, enquanto o Dow Jones avançava 1,08%, a 29.865,0 pontos. A Nasdaq, por sua vez, tinha uma alta de 0,30%, para 11.939,88 pontos.
Após um longo período de falas de Trump desconfiando do processo eleitoral norte-americano, os investidores buscam indícios de que as tensões devem ser arrefecidas. O chefe da Administração de Serviços Gerais do governo estadunidense afirmou, na última segunda-feira (23), que fornecerá recursos federais a Biden para que a transferência de poder fosse realizada.
O mercado também viu com bons olhos a possível indicação de Janet Yellen, ex-presidente do Federal Reserve (Fed), como secretária do Tesouro. A indicada de Biden recentemente afirmou que a recuperação econômica será “desigual e sem brilho” se o Congresso não fornecer mais recursos para o combate do desemprego e sustento das empresas. Dessa forma, uma das primeiras medidas de Yellen poderia ser um esforço para a expansão dos estímulos financeiros.
As bolsas mundiais, sobretudo na Europa, também ficam de olho na economia do Velho Continente, que tem sido impactada — novamente — pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nas últimas semanas.
A IHS Markit divulgou na última segunda-feira um relatório sobre as projeções econômicas para a zona do euro. De acordo com os dados, o Produto Interno Bruto (PIB) da região deverá sofrer contrações no quarto trimestre deste ano.
Na manhã desta terça-feira, a Alemanha, maior potência da região, revisou seu PIB do terceiro trimestre e elevou a alta do período. Frente a um resultado de 8,2%, divulgado em outubro, o escritório de estatísticas Destatis disse que a economia alemã avançou 8,5% entre julho e setembro.
Segundo o escritório, o resultado “compensou em parte” o colapso do segundo trimestre, fortemente impactado pela pandemia. Na relação anual, ajustado por condições sazonais, a economia do país caiu 4%, ante uma projeção inicial de retração de 4,3%, segundo o Destatis.
No que se refere às commodities, o barril de petróleo Brent opera em alta no mercado futuro, com avanço de 1,11%, a US$ 46,55. O minério de ferro fechou estável na Bolsa de Dalian, na China, cotado a 876 iuanes por tonelada, equivalente a US$ 133,14.
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 8h20:
- S&P 500 futuro: +0,80%
- Nasdaq futuro: +0,34%
- DAX 30: +0,96%
- FTSE 100: +1,14%
- Euro Stoxx 50: +1,12%
- SSE Composite: -0,34%
- Nikkei 225: +2,50%
As bolsas mundiais e os mercados futuros, mesmo atentos ao avanço das vacinas para o combate à pandemia do novo coronavírus, permanecem incertos quanto a segunda onda da doença. A espera por um medicamento sustenta o otimismo dos investidores, que projetam a volta da normalidade na atividade econômica em todo o mundo.