Bolsas mundiais operam no azul após debate entre Trump e Biden
As bolsas mundiais operam majoritariamente no azul nesta sexta-feira (23), caminhando para uma semana levemente positiva. O mercado segue atento aos desdobramentos do pacote de estímulos financeiros que está sendo negociado no Congresso norte-americano, e digere as falas de Donald Trump e Joe Biden no último debate antes das eleições presidenciais nos Estados Unidos, realizado na noite da última quinta-feira (22).
Por volta das 7h20, os mercados futuros de Nova York operavam positivamente, estendendo os ganhos do último pregão. O S&P 500 futuro apresentava uma alta de 0,19%, para 3.455,38 pontos, enquanto o índice da Nasdaq apresentava um leve recuo de 0,08%, atingindo 11.638,88 pontos. Os futuros de Dow Jones subiam 0,27%, para 28.344,0 pontos.
Os representantes da Casa Branca e os líderes democratas do Congresso estadunidense continuam a negociar um pacote de estímulos econômicos de US$ 1,9 trilhão, para auxiliar famílias e empresas frente à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Muitos investidores consideram o novo pacote como essencial para a recuperação da economia e, consequentemente, dos mercados. Embora a possibilidade seja pequena, alguns esperam que o novo pacote seja anunciado antes das eleições.
Os investidores também analisam a participação do presidente Trump e do democrata Biden no último debate antes das eleições. Os candidatos apresentaram pontos de vista diferentes sobre a forma como o governo está lidando com a pandemia. O debate foi considerado menos conflituoso em comparação ao primeiro, realizado no dia 29 de setembro, em Ohio.
Continua a chamar atenção dos mercados a possível interferência externa no processo eleitoral.
Na noite da última quarta-feira, John Ratcliffe, o diretor de inteligência nacional dos Estados Unidos, disse que tanto Irã quanto a Rússia conseguiram informações sobre registro de eleitores e que Teerã já as estava usando para realizar ameaças. Mais de 47 milhões de pessoas, um terço do total de votos das eleições de 2016, já votaram antecipadamente.
Na Europa, as expectativas sobre a recuperação econômica da região são mais sombrias em meio à segunda onda de infecções pela doença, o que fez com que os governos voltassem a restringir viagens e lazer. A IHS Markit, consultoria de dados, afirmou nesta manhã que seu índice composto de gerentes de compras para a zona do euro caiu para 49,4 em outubro, equivalente a um declínio na atividade de manufatura e serviços.
Entretanto, os investidores do Velho Continente demonstram menos desconfiança neste pregão. Por volta das 7h40, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1,21%, a 12.694,50 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava +1,52%, para 4.925,28 pontos. O britânico FTSE 100 apresentava um avanço de 1,66%, para 5.881,53 pontos.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 1,2%, a 19.305,50 pontos. Enquanto isso, a Espanha sobe 1,37%. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, avançava 1,26%, para 3.211,38 pontos.
Em contraponto às bolsas mundiais, os mercados asiáticos, por sua vez, fecharam o dia de negociações em campo misto. A bolsa de Xangai, a SSE Composite, caiu 1,04%, a 3.278,00 pontos.
A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou o pregão em alta de 1,18%. O principal índice de Hong Kong, o Hang Sang fechou com um avanço de 0,54%, a 24.918,78 pontos. Já a KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando +0,24%.
Os mercados futuros e bolsas mundiais continuam de olho nas incertezas causadas não somente pela pandemia, mas também pelas tensões globais acentuadas por ela, embora dados recentes tenham demonstrado certa recuperação da atividade econômica internacional.