Bolsas mundiais estendem rali, puxadas por empresas de tecnologia
As bolsas mundiais operam em alta nesta quinta-feira (5), estendendo o maior rali desde abril. As eleições presidenciais norte-americanas permanecem no radar dos investidores, com Joe Biden próximo da vitória sobre o atual mandatário Donald Trump.
Por volta das 8h36, Biden possuía 264 votos eleitorais, enquanto Trump vencia 214 — são necessários 270 para ser decretada a vitória. Ainda faltam cinco estados a encerrarem a contabilização dos votos, mas caso o democrata vença em Nevada, onde lidera por menos de 1% (cerca de 8 mil votos a mais), será o suficiente para a vitória. As bolsas mundiais enxergam o cenário atual de forma positiva.
Com um Congresso dividido, Biden fica limitado à implementação de amplas regulações sobre as empresas de tecnologia, sobretudo. A blue wave democrata, ou seja, “onda azul”, como era esperada, acabou não acontecendo, por ora. Por isso, as ações de tecnologia lideram o rali desta semana. O mercado futuro da Nasdaq sobe 2,84%, a 12.097,62 pontos.
O S&P 500 vem logo atrás, com uma alta de 1,96%, para 3.502,38 pontos, indicando que o índice das maiores empresas dos Estados Unidos pode ampliar a alta de 5% já registrada somente nesta semana. O Dow Jones futuro avança 1,51%, para 28.153,5 pontos.
Próximo das 9h30, o Departamento do Trabalho norte-americano apresentará o número de pedidos de seguro-desemprego na semana encerrada no último sábado (31), na véspera do relatório de emprego. Outro destaque do dia é a reunião de política monetária do Federal Open Market Committee (Fomc), às 16h.
Na Europa, inicia hoje o novo período de lockdown na Inglaterra, por determinação do primeiro-ministro britânico Boris Johnson. A determinação valerá até o início de dezembro — escolas, postos de trabalho e atividades físicas estão liberadas, com o intuito de conter a disseminação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que voltou a mostrar sinais de força no Velho Continente.
Ainda no Reino Unido, o Banco da Inglaterra anunciou outra dose de compra de títulos nesta quinta-feira, tornando-se a primeira grande autoridade monetária europeia a impulsionar medidas de estímulo em resposta a uma segunda onda do vírus e bloqueios em toda a região.
Por volta das 8h50, o DAX 30, índice alemão, operava com uma alta de 1,64%, a 12.525,10 pontos. O índice francês, CAC 40, subia 1,16%, enquanto o britânico FTSE 100 avançava 1,89%.
O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma alta de 1,77%, a 19.700,50 pontos, ao passo que a Espanha apresentava um ganho de 1,63%. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, subia 1,53%, para 3.209,55 pontos.
Na Ásia, o movimento também é positivo. Em Hong Kong, a alta foi liderada pela Tencent e Alibaba, ambas avançando mais de 6% após o fechamento do pregão. A tendência da vitória de Biden traz a expectativa de arrefecimento das tensões na guerra comercial entre Estados Unidos e China, sobretudo no que se refere à tecnologia chinesa. Vale lembrar que Trump havia proibido a utilização do WeChat, da Tencent, por norte-americanos.
O principal índice de Hong Kong, Hang Sang, avançou 3,25%, para 25.695,92 pontos. Já a KOSPI, mercado da Coreia do Sul, subiu 2,40%, para 2.413,79 pontos. A bolsa de Xangai, a SSE Composite, subiu 1,30%, a 3.320,13 pontos. A bolsa do Japão, Nikkei 225, fechou o pregão em alta de 1,73%.
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 8h58:
- S&P 500 futuro: +1,98%
- Nasdaq futuro: +2,69%
- DAX 30: +1,81%
- FTSE 100: +0,36%
- Euro Stoxx 50: +1,66%
- SSE Composite: +1,30%
- Nikkei 225: +1,73%
Os mercados futuros e bolsas mundiais continuam atentos às incertezas causadas não somente pela pandemia, mas também pelas tensões internacionais acentuadas por ela, além de registrarem a tradicional volatilidade em meio às eleições presidenciais estadunidenses.