Entre as bolsas mundiais hoje (30), as asiáticas fecharam majoritariamente em baixa, após tarifas europeias sobre veículos elétricos chineses entrarem em vigor, mas a de Tóquio avançou com a ajuda de ações do setor automotivo e de tecnologia.
Liderando as perdas na Ásia, o índice Hang Seng caiu 1,55% em Hong Kong, a 20.380,64 pontos, pressionado por montadoras chinesas de veículos elétricos como Nio (-6,58%), Geely (-2,96%) e BYD (-0,67%). Hoje, a União Europeia começou a impor tarifas a carros elétricos fabricados na China, após concluir investigação sobre práticas de subsídios adotadas por Pequim.
Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,61%, a 3.266,24 pontos, em meio à queda de ações de seguradoras e de bancos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,04%, a 1.973,62 pontos.
Em outras partes da região asiática, o sul-coreano Kospi cedeu 0,92% em Seul, a 2.593,79 pontos, e o Taiex perdeu 0,46% em Taiwan, a 22.820,43 pontos.
Na contramão, o japonês Nikkei subiu 0,96% em Tóquio, a 39.277,39 pontos, impulsionado por ações de montadoras como Toyota (+0,7%) e Suzuki (1,8%) e de tecnologia, incluindo Sony (+1,3%). Na virada de quarta para quinta, o Banco do Japão (BoJ) anuncia decisão de política monetária.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da Ásia e ficou no vermelho, interrompendo uma sequência de três pregões de ganhos. O S&P/ASX 200 caiu 0,83% em Sydney, a 8.180,40 pontos.
Bolsas da Europa recuam
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta quarta-feira, com investidores buscando refúgio em ativos considerados mais seguros em meio a incertezas sobre a eleição presidencial nos EUA, apesar de dados de crescimento melhores do que o esperado da zona do euro.
Por volta das 7h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,75%, a 514,10 pontos.
A proximidade da eleição à Casa Branca nos EUA, com crescente probabilidade de que o republicano Donald Trump saia vitorioso, leva investidores na Europa a evitar ações e a procurar ativos mais seguros, caso do ouro, que renovou máxima histórica mais cedo, e dos Treasuries, cujos juros recuam, refletindo queda nos preços dos títulos que formam a dívida federal americana.
Neste cenário, números positivos de crescimento da zona do euro e de vários países do bloco ficaram em segundo plano.
No terceiro trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,4% ante os três meses anteriores, superando expectativas de alta de 0,2%. Apenas na Alemanha, a maior economia europeia, o PIB avançou 0,2% no período, desafiando previsão de estabilidade.
A temporada de balanços segue em andamento. A ação da Volkswagen subia 1% em Frankfurt, no horário acima, após a montadora alemã lucrar um pouco mais do que o esperado no terceiro trimestre. Já o UBS caía 1,8% em Zurique, embora tenha superado expectativas de lucro e receita.
Às 7h31 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,18%, a de Paris recuava 1,17% e a de Frankfurt cedia 0,60%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,88%, 0,50% e 0,33%, respectivamente.
Com Estadão Conteúdo