Bolsas mundiais: Tóquio fecha em alta e Europa avança com tech
Entre as bolsas mundiais hoje (29), a de Tóquio encerrou os negócios em alta, recuperando-se após recentes quedas de ações de tecnologia em meio ao sucesso do chatbot chinês DeepSeek, enquanto feriados mantiveram outros mercados asiáticos fechados.
O índice japonês Nikkei subiu 1,02% em Tóquio, a 39.414,78 pontos, impulsionado por empresas das áreas de chips. Tokyo Electron avançou 2,3% e Advantest saltou 4,4% após a ASML – fabricante holandesa de equipamentos para produção de semicondutores – divulgar encomendas trimestrais bem acima do esperado.
Em outras partes da Ásia, as bolsas da China continental, de Hong Kong, de Taiwan e da Coreia do Sul não operaram hoje devido a feriados.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, com ganho de 0,57% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.447,00 pontos.
Europa opera em alta com tecnologia
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta quarta-feira, à medida que ações de tecnologia avançam na esteira do forte balanço da holandesa ASML, que fabrica equipamentos para a produção de semicondutores. A de Paris, no entanto, é pressionada por ações do setor de luxo.
Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,46%, a 534,02 pontos.
Mais cedo, a ASML divulgou encomendas trimestrais que superaram de longe a previsão de analistas, em um momento em que a explosiva demanda por inteligência artificial (IA) impulsiona o desenvolvimento de semicondutores cada vez mais sofisticados.
No horário acima, a ação da companhia holandesa, que também agradou em termos de lucro e receita, saltava quase 10% em Amsterdã. Como resultado, a ASML se recuperou por completo do tombo de 7% que sofreu no começo da semana, quando surgiram preocupações com o sucesso do recém-lançado chatbot chinês DeepSeek. Já o subíndice europeu de tecnologia exibia robusta alta de 3,9%.
Por outro lado, o setor de luxo amarga fortes perdas hoje, após o resultado de vendas da francesa LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, a maior do setor. Embora a LVMH tenha garantido vendas acima do esperado, o fraco avanço da receita indica que a indústria ainda não está preparada para uma reviravolta após meses de demanda fraca por bens de luxo.
Em Paris, a LVMH caía 6% no horário já mencionado, arrastando a também francesa Kering – controladora da Gucci – (-5,95%) e a italiana Salvatore Ferragamo (-2,70%).
Do noticiário macroeconômico, pesquisa da GfK mostrou que a confiança do consumidor na Alemanha voltou a se deteriorar neste começo de ano, enquanto dados preliminares do PIB espanhol apontaram crescimento maior do que previsto no último trimestre de 2024.
Investidores na Europa também estão na expectativa para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que hoje provavelmente deixará seus juros inalterados após três reduções consecutivas. O anúncio do Fed, porém, só virá depois que os negócios com ações europeias já estiverem encerrados.
Amanhã (30), é a vez do Banco Central Europeu (BCE), e a expectativa é de novo corte de juros na zona do euro.
Às 6h53 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,10% e a de Frankfurt avançava 0,58%, enquanto a de Paris recuava 0,36%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 0,21%, 0,39% e 0,33%, respectivamente.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo