Entre as bolsas mundiais hoje (28), as asiáticas fecharam sem direção única, com o índice Kospi, do mercado de Seul, em leve alta em meio à repercussão do inesperado corte da taxa de juros no país. A Bolsa de Hong Kong e os mercados da China cederam em devolução parcial da alta da véspera.
Na Coreia do Sul, o Kospi fechou em alta de 0,1%, aos 2.504,67 pontos, após queda de 0,7% na véspera. O movimento ocorreu após o Banco Central do país promover um inesperado corte da taxa de juros em uma medida que visa dar suporte para a economia.
Para o economista do Goldman Sachs, Goohoon Kwon, o BC local pode entregar mais três cortes das taxas de juros até o terceiro trimestre de 2025 para um patamar de 2,25%.
A analista de câmbio do ING, Min Joo Kang, citou que é incomum que o BC sul-coreano reduza por duas vezes seguidas a taxa de juros, exceto em tempos de crise.
O movimento surpreendente sinaliza que a prioridade é o crescimento, e não a estabilidade do mercado financeiro a curto prazo, disse Kang.
Na China, o Xangai Composto cedeu 0,4%, aos 3.295,70 pontos. O Shenzhen recuou 0,65%, aos 1.983,79 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 1,2%, aos 19.366,96 pontos.
Os investidores estão atentos ao próximo catalisador: a conferência governo central da China em dezembro. Em Hong Kong, a China Resources Beer caiu 4,3% e a Anta Sports cedeu 3,45%. O China Hongqiao caiu 3,4%. As ações do setor automotivo lideraram os ganhos, com a Geely Automobile subindo 4,9%, o que correspondeu ao maior ganho porcentual do Hang Seng.
Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,6%, a 38.349,06 pontos, com as ações de empresas de eletrônicos beneficiadas pela expectativa de melhora da demanda nos Estados Unidos diante da expectativa de corte das taxas de juros. A Tokyo Electron subiu 6,7% e a NEC ganhou 2,3%.
Em Taiwan, o Taiex marcou queda de 0,16%, a 22.298,90 pontos. Já na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, teve alta de 0,45%, a 8.444,30 pontos.
Europa opera em alta
As bolsas da Europa sobem nesta quinta-feira, com a liquidez comprometida pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Frankfurt lidera o movimento à medida que investidores acompanham dados que mostram alívio nos preços em regiões da Alemanha antes da divulgação do índice nacional de preços ao consumidor nesta sessão.
Por volta das 6h43 (de Brasília), o índice Stoxx 600 tinha alta de 0,72%.
Na Alemanha, levantamentos parciais mostraram deflação em bases mensais nas regiões de Baden Wuerttemberg, Baviera, Hesse e Saxônia antes do índice de preços nacional. Em entrevista, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, avaliou que uma guerra tarifária entre EUA e Europa pode impulsionar levemente a inflação no curto prazo.
Em Frankfurt, as ações das montadoras se recuperavam das pressões vendedoras motivadas por apreensão com eventuais tarifas no mercado americano. A Daimler Truck avançava 2,70% e a Porsche Automovil ganhava 0,97%.
Em Londres, as ações da Direct Line saltavam 41% após a companhia rejeitar uma oferta de aquisição de 3,3 bilhões de libras esterlinas (US$ 4,16 bilhões) apresentada pela Aviva. Esta foi a segunda vez que a seguradora rejeitou um pretendente este ano. A Aviva disse que ofereceu 250 pences por ação, compostos por dinheiro e ações, numa proposta não vinculativa apresentada em 19 de novembro. As ações da Aviva cediam 2,9%.
Em Madri, a Grifols cedia 5% após notícia de que o fundo canadense Brookfield pode desistir da compra da companhia farmacêutico diante de divergências sobre o valor da companhia, segundo a Bloomberg.
Às 7h24 (de Brasília), Frankfurt subia 0,14%. Paris ganhava 0,62% e Milão subia 0,33%. A Bolsa de Madri tinha alta de 0,55%. Lisboa tinha variação de 0,05%. Em Londres, o FTSE 100 avançava 0,14%. No câmbio, o euro cedia a US$ 1,053 e a libra recuava US$ 1,265.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo