Entre as bolsas mundiais hoje (27), as asiáticas fecharam sem direção única, com Tóquio em nova queda sob pressão das ações do setor automotivo diante da apreensão sobre potencial imposição de tarifas no mercado norte-americano. A Bolsa de Hong Kong e os mercados da China subiram após desaceleração da queda do lucro industrial das empresas chinesas ser vista como um sinal de que estímulos governamentais recentes começaram a ter efeito na economia.
No continente, o Xangai Composto subiu 1,5%, aos 3.309,78 pontos. O Shenzhen Composto avançou 2,1%, 1.996,71 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 2,3%, aos 19.603,13 pontos.
O lucro industrial na China caiu 10% em outubro ante igual mês do ano passado, apresentando sinais de melhora ante o tombo de 27,1% de setembro.
“Graças à série de medidas de apoio implementadas recentemente, a produção nas empresas industriais cresceu de forma estável e os lucros melhoraram”, disse Yu Weining, estatístico do Escritório de Estatísticas Nacional (NBS), que divulga o dado.
Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,80%, a 38.134,97 pontos, pressionado pelas ações de montadoras. A Nissan Motor perdeu 4,7% e a Toyota Motor recuou 3,6%. Na véspera, a Fitch revisou a perspectiva para o rating BBB- da Nissan de estável para negativa, citando o desempenho mais fraco na América do Norte.
O Kospi, de Seul, retrocedeu 0,7%, a 2.503,06 pontos, pressionado por ações do setor automotivo e de semicondutores. A Hyundai Motor caiu 1,1% e a Kia perdeu 3,1%. A promessa de Trump de impor tarifas ao México, Canadá e China gera apreensões sobre expansão de medidas para as montadoras estrangeiras. As fabricantes de chips Samsung Electronics e SK Hynix caíram 3,4% e 5,0%, respectivamente, acompanhando perdas de pares do setor nos EUA na virada da madrugada.
Em Taiwan, o Taiex marcou baixa de 1,52%, a 22.334,78 pontos. Já na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, teve alta de 0,57%, a 8.406,70 pontos.
Europa cai
As bolsas da Europa continental cedem nesta quarta-feira, 27, com Paris mostrando queda de 1%, em meio a apreensões sobre o baixo dinamismo das economias da região, após dados mostrarem piora da confiança na França e Alemanha. Mercado mantém ainda cautela antes de dados nos Estados Unidos e com dificuldades do governo francês em aprovar o orçamento de 2025. Em Londres, o FTSE 100 subia com as ações da EasyJet em destaque no bloco de altas após resultado.
Por volta das 7h28 (de Brasília), o índice Stoxx 600 tinha queda de 0,34%.
Na França, o humor entre os consumidores piorou este mês, à medida que a turbulência política e industrial abalou a confiança das famílias. O índice caiu de 93 em outubro para 90 em novembro. Na Alemanha, a confiança do consumidor na Alemanha piorou para o menor patamar desde maio.
Em Paris, a seguradora AXA despencava 4,25%, seguida pela queda da Teleperformance (-4,33%). O Société Générale perdia 3,58% e a STMicroelectronics recuava 2,60%, perto das 7h30 (de Brasília). O setor de luxo reforçava a dinâmica baixista após dados fracos na China.
Do lado oposto, a Easyjet subia 1,04% em Londres. A companhia aérea de tarifas de baixo custo informou que seu lucro no ano fiscal terminado em 30 de setembro cresceu 34% para 610 milhões de libras esterlinas, após outro desempenho recorde durante os meses de verão no Hemisfério Norte.
“Este forte desempenho reflete a eficácia e execução de nossa estratégia, bem como a popularidade contínua de nossos voos e férias. Também representa um passo significativo em direção à nossa meta de gerar de forma sustentável mais de 1 bilhão de libras em lucro anual antes dos impostos”, disse o CEO da empresa, Johan Lundgren.
Ainda em Londres, o Standard Chartered subia 0,27%, após o banco informar que estuda a potencial venda de um pequeno número de negócios na África, como parte da sua reorientação estratégica para impulsionar o crescimento dos rendimentos e retornos.
Em Helsinque, a Nokia cedia 0,36% após fechar um acordo com a Deutsche Telekom para desenvolver uma rede na Alemanha.
Às 7h25 (de Brasília), a Bolsa de Paris cedia 1,13% e a de Londres tinha alta de 0,14%. A bolsa de Lisboa cedia 0,59%. Frankfurt recuava 0,43%. No câmbio, o euro ensaiava recuperação, cotado a US$ 1,0518 e a libra subia a US$ 1,260.
*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo