Bolsas mundiais: Ásia fecha mista e Europa opera em baixa
Entre as bolsas mundiais hoje (27), as asiáticas encerraram os negócios sem direção única, à medida que investidores digeriram dados fracos da atividade manufatureira chinesa antes do feriado de ano-novo da segunda maior economia do mundo.
Na China continental, o índice Xangai Composto teve perda marginal de 0,06%, a 3.250,60 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,30%, a 1.911,09 pontos.
Pesquisa oficial mostrou que o PMI da indústria chinesa caiu para 49,1 em janeiro, com a leitura abaixo de 50 sinalizando que a manufatura local voltou a se contrair, apesar das agressivas medidas de estímulos adotadas por Pequim na segunda metade do ano passado.
A notícia decepcionante precedeu o feriado do ano-novo chinês, que manterá os mercados financeiros locais fechados por uma semana, a partir desta terça-feira (28).
Em Tóquio, o índice japonês Nikkei caiu 0,92%, a 39.565,80 pontos, pressionado por ações de tecnologia e eletrônicos. Já em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,66%, a 20.197,77 pontos, com ajuda do setor de tecnologia em meio ao otimismo com o desenvolvimento de um modelo de inteligência artificial (IA) mais barato pela startup chinesa DeepSeek.
Em outras partes da Ásia e do Pacífico, as bolsas da Coreia do Sul, de Taiwan e da Austrália não operaram hoje em função de feriados.
Europa opera em baixa
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta segunda-feira, com perdas lideradas por ações de tecnologia, em uma semana agitada que trará decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e uma série de balanços corporativos da região.
Por volta das 7h10 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,59%, a 526,93 pontos. Apenas o subíndice de tecnologia amargava queda de 5,5%, após relatos de que a startup chinesa DeepSeek desenvolveu um poderoso modelo de inteligência artificial (IA) por um valor relativamente baixo e utilizando chips menos avançados.
Mais adiante, na quinta-feira (30), o BCE anuncia decisão de política monetária, quando provavelmente voltará a cortar seu juro básico. Antes disso, na quarta-feira (29), a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) deixe seus juros inalterados, após reduzi-los por três vezes consecutivas na segunda metade de 2024.
Da temporada de balanços da Europa, destaque positivo para a Ryanair, cuja ação saltava 3,8% em Londres, após a companhia aérea de baixo custo divulgar resultados melhores do que o esperado. Nos próximos dias, estão previstos informes trimestrais de Deutsche Bank, Shell, ASML e LVMH.
No noticiário macroeconômico, o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha subiu para 85,1 pontos em janeiro, graças a uma melhora na avaliação das condições atuais. As expectativas para mais adiante, no entanto, se deterioraram neste mês.
Às 7h27 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,19%, a de Paris recuava 0,84% e a de Frankfurt cedia 1,28%. Já as de Milão e Madri tinham respectivas perdas de 0,31% e 0,30%, enquanto a de Lisboa se mantinha praticamente estável.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo