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Bolsas mundiais: Ásia fecha mista e Europa reduz alta

Bolsas asiáticas. Foto: iStock.

Bolsas asiáticas. Foto: iStock.

Entre as bolsas mundiais hoje (25), as asiáticas fecharam sem direção única, com perdas leve nos mercados continentais da China e em Hong Kong, após o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) manter a taxa de juros inalterada. As demais praças na região, porém, conseguiram computar ganhos em meio ao rumo positivo dos futuros em Wall Street.

No continente, o Xangai Composto recuou 0,1%, aos 3.263,76 pontos, após queda de mais de 3% na sexta-feira. O Shenzhen subiu 0,4%, a 1.974,89 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,3%, aos 19.178,37 pontos

As ações chinesas podem enfrentar um ano volátil em 2025, com uma queda potencial de 5% até o final do primeiro trimestre, afirma o UBS Investment Bank Research, apontando para fatores como tarifas comerciais, incerteza política, provavelmente estagnação dos fluxos de varejo e atraso no apoio à política interna.

As incertezas negativas poderão exercer alguma pressão descendente sobre os preços das ações no curto prazo, afirma James Wang, responsável pela estratégia para a China. No entanto, dado que as empresas cotadas na China se concentram principalmente na economia doméstica, o UBS espera uma combinação de resposta política interna e um efeito de base baixa, juntamente com reformas de governança corporativa, para empurrar o mercado para terminar o ano em território positivo.

“Prevemos que o MSCI China terminará 2025 com um retorno do preço das ações de 5-6% e acreditamos que qualquer retrocesso apresentaria um ponto de entrada mais atraente para os investidores”, diz Wang.

No pregão desta segunda-feira, entre as ações do Hang Seng, a New World Development registrou o maior declínio, caindo 5,6%, seguida pelas ações da BOC Hong Kong, que perderam 4,3%. As ações da Meituan caíram 3,1%.

Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 1,3%, a 38.780,14 pontos, impulsionado por ganhos nas ações de empresas de eletrônicos e químicos após dados mostrando solidez da economia dos EUA ampliarem as expectativas sobre crescimento. A Tokyo Electron subiu 4% e a Mitsubishi Chemical, 3,3%.

O Kospi, de Seul, ganhou 1,3%, a 2.534,34 pontos, com ajuda da Samsung Electronics, que subiu 3,4%. Em Taiwan, o Taiex marcou alta de 0,19%, a 22.948,37 pontos. Já na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, teve alta de 0,3%, a 8.417,60 pontos.

Europa reduz alta

As bolsas da Europa reduzem a alta vista mais cedo nesta segunda-feira, ponderando os ganhos nos futuros de Wall Street com dados que mostram piora da confiança na Alemanha e um noticiário que coloca os bancos regionais em foco. As ações do Unicredit recuam e impõem perdas no mercado de Milão após a instituição italiana propor a compra do concorrente de menor porte BPM em meio ao esforço para ganhar fatia de mercado.

Por volta das 7h52 (de Brasília), o índice Stoxx 600 tinha alta marginal de 0,13%.

O mercado recebeu mais um dado fraco da Alemanha. O índice de sentimento das empresas do país caiu mais do que o previsto, segundo pesquisa divulgada pelo instituto alemão Ifo nesta segunda-feira. Para o instituto, a economia alemã está tropeçando. Na semana passada, dados mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha encolheu.

O dado ajuda a diluir o efeito do rumo positivo nos futuros das bolsas de Nova York, em meio à recepção favorável à sinalização do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de que escolheu Scott Bessent, gestor do Key Square Group, para o Departamento do Tesouro dos EUA.

O setor bancário está em foco na sessão, após o UniCredit propor a compra dO Banco BPM por 10 bilhões de euros (US$ 10,5 bilhões). A investida ocorre após o UniCredit encontrar obstáculos para a sua proposta de aquisição do alemão Commerzbank. Os papéis do Unicredit tinham baixa de 3,65% e respondiam pela maior queda porcentual do FTSE Mib, perto das 8h01 (de Brasília). O BPM subia 1,5%.

Já o Commerzbank recuava 5,18% em Frankfurt. A potencial união do Unicredit com o Banco BPM criaria uma instituição com capitalização de mercado de 72,4 bilhões de euros, ultrapassando o Intesa Sanpaolo como o maior credor da Itália e o Banco Santander da Espanha como o maior banco da zona euro em valor de mercado.

Em Londres, as ações da Anglo American subiam 1,67%, após a companhia vender a fatia remanescente de seus negócios com carvão na Austrália para a Peabody em um negócio de US$ 3,8 bilhões, à medida em que a materializa seus esforços de reestruturação. Os papéis da Kingfisher cediam 13,8% após a varejista detentora de marcas como Castorama estreitar a faixa de projeções de lucros para o ano completo, colocando um teto mais baixo para o resultado potencial.

A Bolsa de Londres tinha alta de 0,11% e a de Lisboa, de 0,09%. Frankfurt subia 0,25% e Paris 0,11%.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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