Entre as bolsas mundiais hoje (25), as asiáticas fecharam em baixa, à medida que a ofensiva tarifária do governo Trump voltou a pesar no sentimento de investidores.
Na volta de um feriado, o índice japonês Nikkei caiu 1,39% em Tóquio, a 38.237,79 pontos, pressionado por ações de eletrônicos, enquanto o Hang Seng recuou 1,32% em Hong Kong, a 23.034,02 pontos, o sul-coreano Kospi cedeu 0,57% em Seul, a 2.630,29 pontos, após o BC da Coreia do Sul cortar juros, mas também reduzir projeção de crescimento, e o Taiex registrou queda de 1,19% em Taiwan, a 23.285,72 pontos.
Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho, sob o peso de ações de mídia. O Xangai Composto caiu 0,80%, a 3.346,04 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve perda similar, de 0,82%, a 2.074,31 pontos. Como se previa, o banco central chinês (PBoC) deixou o juro da linha de empréstimo de médio prazo – conhecida como MLF – inalterada em 2%.
Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que tarifas a importações dos vizinhos Canadá e México “seguirão adiante” quando um adiamento de um mês vencer na próxima semana. Trump também já impôs tarifas adicionais de 10% a produtos da China, que retaliou com medidas semelhantes.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom negativo da Ásia, com baixa de 0,68% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.251,90 pontos.
Europa opera em alta
As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta terça-feira, à medida que o forte desempenho de ações de defesa se sobrepõe ao mau humor do setor de tecnologia.
Por volta das 6h45 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,29%, a 555,01 pontos.
Também no horário acima, as fabricantes alemãs de armas Renk, Hensoldt e Rheinmetall saltavam 7,2%, 3,9% e 3,7%, respectivamente, em Frankfurt, em meio a expectativas de que o Parlamento alemão acelere a aprovação de lei para ampliar os gastos com defesa.
Por outro lado, o subíndice de tecnologia europeu caía 1,4%, após relatos de que o governo dos EUA planeja endurecer as restrições de acesso da China a semicondutores. Em Amsterdã, a fabricante de equipamentos para produção de chips ASML tinha queda de 1,6%.
No noticiário macroeconômico, foi confirmado mais cedo que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, a maior economia da Europa, encolheu 0,2% no último trimestre de 2024, tanto ante o trimestre imediatamente anterior quando na comparação anual.
Às 6h57 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,21% e a de Frankfurt mostrava alta marginal de 0,03%, enquanto a de Paris caía 0,07%. Já as de Milão e Madri exibiam respectivos ganhos de 0,44% e 0,61%. Lisboa, por sua vez, avançava 1,21%, com ajuda da petrolífera Galp (+7,5%), que divulgou resultados positivos de exploração de um projeto na Namíbia.
Com informações da Dow Jones Newswires, Associated Press e Estadão Conteúdo